PUBLICIDADE

COI pede para que percurso da tocha não tenha protestos

Presidente Thomas Bach fala em 'respeito à chama'

Por Paulo Favero e Jamil Chade
Atualização:

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, pediu para que o percurso da tocha no País não seja usado por movimentos sociais para a realização de protestos. Em entrevista nesta segunda-feira em Lausanne, no último dia da chama olímpica na Europa - ela embarca nesta noite para o Brasil -, Bach pediu que haja "respeito" pela tocha no País.

PUBLICIDADE

"Existe uma liberdade de opinião e de expressão. Mas estou confiante que os brasileiros irão respeitar a dignidade da chama olímpica", disse Bach, questionado se temia que protestos pudessem contaminar o percurso da tocha pelo Brasil, a partir desta terça-feira. "Ela é o símbolo da tolerância, da não-discriminação e não tem uma posição política", disse.

Para Bach, os diferentes grupos protestantes no Brasil devem "respeitar a chama". O alemão ainda alertou que usar o percurso do símbolo olímpico para protestar seria "contraproducente". "Os Jogos Olímpicos não deve fazer parte dos protestos", insistiu.

Carlos Arthur Nuzman e Thomas Bach acendem a tocha olímpica Foto: Anthony Anex|EFE

Ao longo das últimas edições dos Jogos, o percurso da tocha passou a ser alvo de manifestações, principalmente em 2008 quando a viagem da chama foi seguida por críticas contra as violações aos direitos humanos na China.

Na semana passada, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, garantiu ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo não pretendia usar o evento nesta terça-feira, quando a presidente Dilma Rousseff, receberá a tocha, "como um ato político". "Ela não é de um ou outro ator", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.