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Com patrocínio de estatais, governo fará aporte de R$ 100 mi na Paralimpíada

Comitê Rio-2016 havia relatado que nem as passagens dos atletas tinham recursos garantidos

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

O governo federal, por meio de patrocínio de estatais, fará um aporte de R$ 100 milhões para a realização a Paralimpíada, que começa em 7 de setembro. Em entrevista na noite desta quinta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo havia se comprometido em buscar recursos cujos valores foram fechados em reunião do presidente em exercício Michel Temer com ministros, com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e com os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB), afastado para tratamento de saúde, e Francisco Dornelles (PP), interino. Padilha não falou em números, mas o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, confirmou os R$ 100 milhões.

"O governo como um todo vai aportar R$ 100 milhões com patrocínios de estatais", afirmou Alves. Segundo o ministro interino, o patrocínio da Embratur, a empresa federal de turismo, será de R$ 8 milhões. Ele não especificou os demais repasses. Está prevista a participação também da agência de promoção e exportações e investimentos no exterior, a Apex. Outras instituições como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e até a Petrobrás, que havia decidido não aportar recursos nos Jogos Olímpicos por causa da grave crise que tem atravessado, estão entre possíveis patrocinadores.

Brasil é uma das grandes potências da Paralimpíada Foto: Divulgação

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Os R$ 100 milhões federais se somarão a R$ 150 milhões em recursos municipais prometidos pelo prefeito Eduardo Paes, "em caso de necessidade". O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 relatou, segundo o prefeito, há três semanas, dificuldades de arcar com os gastos da Paralimpíada. Nem as passagens dos atletas tinham recursos garantidos.

"O prefeito Eduardo Paes comprometeu-se a repassar R$ 150 milhões. Nós nos comprometemos a correr atrás de R$ 100 milhões, corremos atrás da Apex, da Embratur e está resolvido", afirmou Padilha. Quando questionado sobre os valores que cada patrocinador federal assumirá, respondeu apenas: "Muita calma nessa hora".

O chefe da Casa Civil citou liminar concedida pela Justiça Federal do Rio que proibia repasses do poder público aos Jogos Olímpicos até que o comitê organizador divulgasse a prestação de contas da preparação da Olimpíada. A medida foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal (TRF). "As empresas estão liberadas para agir segundo a legislação e o episódio está superado em todos os aspectos", disse Padilha.

A primeira instância da Justiça havia atendido a pedido do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro. Os procuradores argumentam que já existem gastos públicos na Olimpíada, com o fornecimento de vários serviços, e que por isso o comitê organizador tem obrigação de informar o balanço de receitas e despesas dos Jogos a órgãos de controle como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União. O comitê sustenta que é uma instituição privada e não está submetido às regras do poder público.

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