Publicidade

Comitê Paralímpico espera apoio da iniciativa privada

Presidente do CPB crê que Jogos Paralímpicos do Rio mudou percepção dos patrocinadores brasileiros

PUBLICIDADE

Por Nathalia Garcia
Atualização:

Os Jogos Paralímpicos do Rio deixaram a desconfiança de lado com a venda de 2,1 milhões de ingressos e o sucesso de público. A expectativa é de que essa popularidade se transforme agora em investimento para Tóquio-2020. “Havia uma miopia na iniciativa privada que não conseguia enxergar o potencial do esporte paralímpico como ferramenta de marketing. Depois de ver a forma como o brasileiro abraçou o esporte paralímpico, a miopia vai virar cegueira total se a iniciativa privada não se envolver”, analisou Andrew Parsons, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 

PUBLICIDADE

Prata nos 100 m e bronze nos 400 m da categoria T38, Verônica Hipólito ganhou confiança após o apoio da torcida no Rio. “Se não tivesse público nos Jogos Paralímpicos, sabia que seria muito difícil de as empresas se interessarem por mais que a gente fizesse uma boa campanha. Agora não tem justificativa para não investirem na gente.”

A medalhista paralímpica integra o Time São Paulo, composto por 44 atletas de elite. O convênio, previsto para acabar em outubro, teve sua renovação confirmada pelo governador Geraldo Alckmin na última semana. “Vamos agora avaliar quais serão os atletas e em que modalidades vamos investir com vigor, sem esquecer naturalmente os que já são atletas do Time São Paulo”, explicou Linamara Rizzo Battistella, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Outro impasse enfrentado pelo esporte paralímpico diz respeito à concessão da gestão do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. O CPB ganhou o direito de administrar o espaço por um ano, prazo que termina em maio de 2017. Definir a situação do CT o mais rapidamente possível é prioridade para Andrew Parsons. “A origem da maioria dos nossos recursos é pública, fica difícil fazer os investimentos quando você tem um curto período.” 

O presidente do Comitê Paralímpico está otimista. “Temos recursos disponíveis e a gente já demonstrou a eficiência na gestão esportiva. Temos grande expectativa em resolver a bom termo para que a gente possa assumir uma gestão mais longa.” 

A concessão não deve se transformar em entrave. “Não há alguém mais preparado que o CPB para a gestão do centro. Só temos, por lei, de fazer o edital”, diz Alckmin.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.