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Equipe feminina de ginástica busca vaga na final

Brasil terá a vantagem de saber previamente o resultado das rivais diretas, como Rússia, China e Estados Unidos

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

As meninas da ginástica artística do Brasil vão ter o desafio de surpreender Oleg Ostapenko, neste domingo, às 7 horas (horário de Brasília), em Pequim. O técnico ucraniano responsável pelo preparo das brasileiras passou todo o período de treinamento afirmando que a equipe não tem chances de disputar nenhuma medalha após a contusão de Khiuani Dias, que sofreu uma fissura no pulso, em junho. "Vamos ficar de quinto para baixo", havia dito o treinador ao Estado na ocasião. Na prova por equipes, cada país terá quatro ginastas em cada um dos quatro aparelhos: salto, solo, trave e barras paralelas. Os seis times com melhor nota vão disputar as finais na terça-feira e as melhores notas servirão ainda para a disputa das finais individuais. No último Mundial, a equipe nacional ficou com o quinto lugar. Com a proximidade da Olimpíada, o pessimismo de Oleg aumentou e o técnico deixou também de acreditar na possibilidade de Jade Barbosa conquistar medalha em Pequim no individual geral. A brasileira foi terceira no último mundial. Seu equilíbrio emocional preocupa a comissão técnica e as demais integrantes da equipe. No desembarque, a atleta quase chorou ao ser assediada por um grupo de repórteres. "A gente poderia falar com ela, passar um pouco da nossa experiência, mas a gente sente que ela não quer", disse Daiane dos Santos, que participa de sua segunda olimpíada. "Talvez seja uma forma de ela se concentrar", afirmou Daniele Hypólito, que disputa os Jogos pela terceira vez. No treino de sexta-feira, no local de competição, Eliane Martins, chefe da equipe, aprovou o desempenho das meninas. "Elas foram muito bem, principalmente a Jade", disse a dirigente, que se impressionou com o número de erros cometidos pelas equipes rivais. "Caíram demais, erraram demais, talvez por causa do nervosismo pela proximidade da competição." De acordo com Eliane, os Estados Unidos podem ficar com a maioria da medalhas. O país tem em seu time as duas últimas campeãs mundiais individuais, Shawn Johnson (2007) e Chellsie Memmel (2005). "Às vezes, o ginásio lotado pode prejudicar. E as chinesas podem sentir a pressão", avalia Eliane. Da equipe brasileira, apenas Jade e Ana Cláudia Silva vão competir nos quatro aparelhos.

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