A norte-americana Kayla Harrison garantiu nesta quinta-feira o bicampeonato olímpico no judô na categoria até 78kg dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a mesma em que a brasileira Mayra Aguiar ficou com a medalha de bronze. Animada com o título, a atleta relembrou na entrevista coletiva na Arena Carioca 2 o trabalho da fundação criada por ela para atender crianças que foram vítimas de abuso sexual.
A judoca teve a ideia do projeto por ter sido vítima de abuso quando era adolescente. "Ser duas vezes campeã olímpica é incrível, mas a Fundação Sem Medo não é para mim. É sobre ajudar pessoas que precisam. Quero que garotos e garotas de todo o mundo não se sinta mais ameaçadas", afirmou a atleta de 26 anos. A fundação foi criada em 2012, após o primeiro título olímpico dela.
A conquista em Londres foi repetida no Rio sem a chance de revanche. Foi Mayra quem derrotou a americana na semifinal do mundial de judô, em 2014, na Rússia. Nesta quinta, a gaúcha perdeu na semifinal para a francesa Audrey Tcheuméo, que ficou com a medalha de prata. "Nos últimos anos eu tinha uma missão. Queria manter o título. Sabia que seria difícil. Estou muito feliz. Não vou ter lágrimas de tristeza por um longo tempo", disse Kayla.
A hegemonia olímpica deixa a judoca em dúvida sobre o futuro. Parar com a modalidade não está descartado. Até porque a Kayla repetiu nesta quinta ter sido procurada para fazer parte do UFC. "Já tive ofertas de variadas organizações. Mas agora só quero aproveitar o esse momento e que me tornei bicampeã olímpica", comentou o atleta, que precisou superar muitas lesões nos últimos anos para chegar em condições competitivas ao Rio.
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