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Isinbayeva anuncia aposentadoria e critica: 'Medalhas no Rio não são autênticas'

Bicampeã olímpica do salto com vara foi suspensa do Rio-2016 após escândalo de doping da Rússia

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Por Jamil Chade
Atualização:

Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica, anunciou nesta sexta-feira sua aposentadoria do salto com vara. E já entrou para o mundo dos dirigentes inaugurando uma polêmica. No Rio de Janeiro, a atleta russa revelou que deixará de competir, agora que foi eleita para um dos comitês de dirigentes do COI. Mas, em sua primeira coletiva de imprensa no novo cargo, já deixou claro que sua participação promete causar controvérsias.

"No dia 19 de agosto de 2016, Isinbayeva conclui sua carreira profissional", disse a russa, suspensa do Rio de Janeiro depois que todo o time de atletismo da Rússia foi afastado dos Jogos pelo escândalo de doping. "Mas não estou me despedindo do esporte. Apenas da minha vara, das minhas emoções e de competições", declarou.

Yelena Isinbayeva foi eleita para um dos comitês de dirigentes do COI Foto: AFP

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Sua despedida, porém, não foi apenas marcada por lembranças de seu passado de conquistas e recordes. A russa fez questão de criticar a decisão do COI de afastar os atletas russos do evento no Brasil, depois que investigações mostraram um doping de estado em diversas modalidades.

Isinbayeva, ainda assim, se apresentou para concorrer a um cargo no COI e, nesta semana, foi eleita em votação que envolve todos os atletas. Suas primeiras declarações como dirigentes criaram o primeiro mal-estar. "As medalhas no Rio não têm o mesmo valor. Não serão autênticas", disse. Segundo ela, quando a prova do salto com vara ocorrer, a vencedora será "a segunda melhor do mundo". "Ninguém sabe quem venceria se eu estivesse competindo", atacou.

Para ela, as investigações da Agência Mundial Antidoping não trouxeram provas do doping ocorrido na Rússia. "São apenas alegações. Não existem nem fatos nem evidências", atacou. "Eu quero ver provas. Não se pode generalizar. Não posso dizer nada de positivo sobre essas investigações que estão longe de serem conclusivas", insistiu.

"A campeã será a segunda melhor do mundo. Mundialmente, quando compete sem Isinbayeva, não será uma medalha de ouro plena. Ela não derrotou Isinbayeva."

A certeza de Isinbayeva de que poderia disputar o ouro vem de seu histórico na carreira. Aos 34 anos, a russa abandona o salto com três medalhas olímpicas, sendo duas de ouro (Atenas-2004 e Pequim-2008) e uma de bronze (Londres-2012). Ela também quebrou diversas vezes o recorde mundial da modalidade e é a atual detentora da melhor marca, com 5,06m.

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