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OMS pede que COI examine águas da Olimpíada no Rio

Baía de Guanabara voltou a ficar na berlinda após matéria da AP

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer que o Comitê Olímpico Internacional COI avalie eventuais problemas virais nas águas de locais de competição no Rio de Janeiro para a Olimpíada do próximo ano.A OMS trabalha desde 2014 para monitorar a situação na sede dos Jogos de 2016. Essa atuação, porém, ganhará uma atenção extra diante das revelações nesta semana sobre os problemas enfrentados para despoluir a Baía da Guanabara para os Jogos Olímpicos de 2016. 

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"A OMS sugeriu ao COI que amplie sua base de indicadores científicos para incluir viroses", apontou um comunicado da agência de Saúde da ONU. "A avaliação de riscos deve ser revisada de forma adequada, diante dos resultados das análises", indicou. 

Tanto os organizadores dos Jogos quanto o COI são solicitados pela OMS para que sigam suas recomendações no que se refere ao tratamento de lixo tanto de casas, quanto de hospitais. Por enquanto, os trabalhos conduzidos pela OMS indicam que os atletas nas competições de remo "não teriam riscos significativos para sua saúde por conta da qualidade das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas".

Governador do Estado do RIo de Janeiro, Luiz Antonio Pezão, disse que as obras para despoluição das águas da Baía de Guanabara não ficarão completamente prontas até o início da Olímpiada de 2016 Foto: Reuters/ Ricardo Moraes

 

Sobre as recentes revelações publicadas pela agência AP sobre a situação da Baía de Guanabara, a OMS aponta que é "difícil interpretar evidências sem os detalhes dos métodos analíticos usados e o exame dos dados brutos". A entidade admite que a concentração viral revelada nas reportagens podem parecer "muito altas e causa de preocupação". Mas a OMS alerta que o método analítico utilizado pode ter "superestimado" os riscos.

"Tendo dito isso, águas fortemente impactadas por fluxo de esgoto são sempre alvo de preocupação e autoridades devem continuar a tomar medidas para limitar os riscos", indicou.