Postos 'Olímpicos' da Justiça decretaram prisão de 76 pessoas no Rio-2016

Para desembargador, atuação do Juizado deixou boa impressão aos turistas

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Por Fabio Grellet
Atualização:

Os postos instalados pelo Poder Judiciário do Rio de Janeiro nas arenas olímpicas e demais áreas que concentraram turistas durante os Jogos Olímpicos do Rio, como o Boulevard Olímpico, decretaram a prisão preventiva de 76 pessoas, promoveram 97 transações penais e realizaram 244 audiências. Esse balanço foi divulgado nesta sexta-feira pelo desembargador Mauro Martins, coordenador da Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais em Eventos Esportivos, Culturais e Grandes Eventos.

Foram 182 registros de cambismo (venda ilegal de ingressos). "Tivemos um grupo que trabalhou de forma ininterrupta em sistema de plantão e rodízio, com uma atuação firme e dedicada", afirmou o desembargador. O esquema de plantão envolveu cerca de 50 juízes e 200 servidores ou funcionários terceirizados.

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Para o magistrado, a atuação do Juizado durante o Rio-2016 trouxe prestígio internacional para o Judiciário fluminense. Ele citou como exemplo o caso dos nadadores americanos, que repercutiu bastante na imprensa estrangeira. "No caso dos nadadores americanos, o Juizado teve atuação firme e corajosa e resolveu com equilíbrio a situação. Os turistas testemunharam a atuação da Justiça fluminense de forma ininterrupta durante os Jogos. Uma juíza contou que alguns turistas estrangeiros revelaram surpresa por estarem diante de uma magistrada, em uma audiência, em plena madrugada. Essa ideia que o torcedor estrangeiro levou para seu país é muito positiva", afirmou.

Para o desembargador, a presença da Justiça do Rio nos grandes eventos tem uma função preventiva. "Já acostumadas com o fato de que em grandes eventos existe um Juizado, com a presença de um juiz, de um promotor, com uma estrutura de um órgão judiciário em funcionamento, as pessoas sabem que se cometerem um ato contrário à lei terão resposta imediata", afirmou.

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