Primeiro medalhista brasileiro, Wu supera dores no ombro e exalta torcida

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Por Agência Estado
Atualização:

Primeiro medalhista brasileiro nos Jogos do Rio, Felipe Wu disse que precisou superar as dores no ombro para conquistar a prata na pistola de ar de 10 metros neste sábado. Com a sensação dever cumprido, ele ainda comentou que os torcedores fizeram toda a diferença para o inédito pódio.

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"Eu e meu técnico batalhamos muito. O ano tem sido muito bom para a gente. Até hoje achava que a torcida não podia fazer tanta diferença, mas, depois do que passei aqui, percebi que fez toda a diferença", comemorou, em entrevista à TV Globo, pouco depois de descer do pódio olímpico.

Neste ano, Wu já havia vencido duas etapas da Copa do Mundo, em Bangcoc (Tailândia) e em Baku (Azerbaijão), e chegou à Olimpíada do Rio como favorito ao ouro. No entanto, o brasileiro precisou lidar com uma dor no ombro que surgiu nas últimas semanas. "Sabia que não ia sarar. Conversei bastante com meu técnico. Qualquer atleta que compete em alto nível precisa conviver com a dor. Estava consciente de que teria que competir assim", informou.

A conquista do brasileiro encerrou um jejum na modalidade. Desde os Jogos de Antuérpia, em 1920, quando Guilherme Paraense deu ao País sua primeira conquista olímpica. Ainda na Bélgica, o Brasil foi ao pódio outras duas vezes - com Afrânio da Costa e a equipe de pistola livre.

"É uma honra. Todo mundo me falava dessa medalha em 1920. Fico muito feliz que consegui realizar esse sonho. Espero que a pessoas se interessem mais pelo tiro e mais pessoas possam representar o país', disse Wu.

O medalhista brasileiro dedicou a conquista à sua família. "Dedico aos meus pais. Sem eles não teria nem começado a praticar. Ao Exército brasileiro e à minha namorada. Há dois anos estamos sofrendo juntos, mas valeu a pena" finalizou.

A namorada, Rosane Budag, também compete no tiro. Neste sábado, ela foi eliminada e não conseguiu conquistar uma medalha. Os dois dividem quarto na Vila dos Atletas. Wu ainda competirá mais uma vez na Olimpíada, na pistola 50 metros.

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Nessa disputa, ele está longe de ser favorito, uma vez que tem um 26.º lugar como melhor resultado em Copas do Mundo na carreira. Outro brasileiro, Julio Almeida, por outro lado, ganhou essa disputa no Pan de Toronto, no ano passado.