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Relembre os 10 momentos mais marcantes do atletismo na Olimpíada

Thiago Braz, Moh Farah e Usain Bolt fizeram história

Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior e Nathalia Garcia
Atualização:

1º - “Triple-triple” O jamaicano Usain Bolt se consagrou nos Jogos do Rio como lenda do atletismo. No Engenhão, o homem mais rápido do mundo conquistou o tricampeonato nos 100 m, 200 m, e revezamento 4 x 100 m e passou a contar com nove medalhas de ouro em sua coleção. Carismático, fez a alegria dos brasileiros nas comemorações. Bolt reafirmou o fim de sua carreira olímpica e deu adeus se colocando no mesmo patamar de Pelé, no futebol, e Muhammad Ali, no boxe.

Bolt conquistou o tricampeonato nos 100m e200m,e revezamento 4x100m Foto: AP

2º - Voo dourado A vitória do brasileiro Thiago Braz no salto com vara transformou o Engenhão em um estádio de futebol dentro dos Jogos Olímpicos. O atleta de 22 anos conseguiu o ouro ao saltar 6,03 metros e estabelecer o novo recorde olímpico após um duelo emocionante com o recordista mundial, o francês Renaud Lavillenie. O francês, que foi vaiado na prova e na premiação, lembrou o que Jesse Owens sofreu na Alemanha nazista, mas voltou atrás. Sergei Bubka, lenda da modalidade, fez as pazes entre os dois competidores.

Thiago Brazrecebe sua medalha de ouro do salto com vara, 16/8/2016 Foto: Fábio Motta/ Estadão

3º – O coração é nosso O tradicional coração com as mãos sobre a cabeça, comemoração clássica de Mo Farah, não foi visto apenas uma, e sim duas vezes pelo público no Engenhão. O britânico, nascido na Somália, tornou-se bicampeão olímpico nos 5.000 m e nos 10.000 m nos Jogos do Rio. O fundista seguiu sua estratégia de largar as provas em último lugar e fez corridas de recuperação até a vitória. Ele superou até uma queda na prova mais longa e, ainda assim, ficou com a dourada.

Mo Farah termina sua participação na Rio-2016 com o bicampeonato dos 5.000 e 10.000 metros Foto: Oliver Morin/AFP

4º – Rainha da velocidade Aos 24 anos, a jamaicana Elaine Thompson assumiu o posto de rainha da velocidade. Conquistou a medalha de ouro nos 100 metros e impediu o tricampeonato olímpico da compatriota Shelly-Ann Fraser-Pryce. Nos 200 metros, venceu a revanche com a holandesa Dafne Schippers e fez a dobradinha nas duas distâncias. A velocista ainda integrou a equipe da Jamaica de revezamento 4 x 100 m e somou uma medalha de prata em sua passagem nos Jogos Olímpicos do Rio.

Elainefoiouro nos 100me impediu o tri olímpico deShelly-Ann Fraser-Pryce Foto: JOHANNES EISELE | AFP

5º - Marca história e peixinho A norte-americana Allyson Felix se tornou a primeira mulher a vencer seis medalhas de ouro no atletismo em 120 anos de história dos Jogos Olímpicos. No Rio, subiu ao lugar mais alto do pódio nos revezamento 4 x 100 m e 4 x 400 m pelos Estados Unidos, além de ter ficado com a medalha de prata nos 400 m depois do peixinho de Shaunae Miller, de Bahamas – gesto também feito pelo brasileiro João Vitor de Oliveira nos 110 metros com barreiras. Já tinha no currículo quatro douradas (200 m, 4 x 100 m e 4 x 400 m em Londres-2012 e 4 x 400 m em Pequim-2008).

Primeira mulher a vencer seis medalhas de ouro no atletismo em 120 anos Foto:

6º - Primeiro recorde A corredora Almaz Ayana conquistou a primeira medalha de ouro do atletismo nos Jogos do Rio com o tempo espetacular de 29min17s45 nos 10 mil metros, 14s a menos que a marca anterior. Na comemoração, a etíope revelou que a torcida brasileira deu grande empurrão no Engenhão. A prova teve um nível tão forte que até a quarta colocada, a queniana Alice Aprot Nawowuna, bateu o recorde olímpico. A prata ficou com a queniana Vivian Jepkemoi Cheruiyot e o bronze com outra etíope, Tirunesh Dibaba, campeã em Londres-2012.

Almaz Ayana fez história no 1º dia de atletismo no Rio Foto: AFP

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7º - Espírito olímpico A neozelandesa Nikki Hamblin e a americana Abbey D’Agostino conquistaram a medalha Fair Play Esportivo por causa da ajuda mútua na semifinal dos 5000 metros feminino. Hamblin sofreu uma queda e acabou derrubando a adversária, que torceu o tornozelo. As duas atletas se ajudaram a levantar e seguiram a prova. Na linha de chegada, as duas se abraçaram sob aplausos do estádio.

8º – Cinderela do atletismo A etíope Etenesh Diro viveu um drama na fase preliminar dos 3.000 metros com obstáculos. Teve a sapatilha do pé direito rasgada depois de ter o calcanhar pisado e decidiu completar a prova sem o calçado. Descalça, precisou de auxílio dos funcionários para deixar a pista. Considerando que a atleta da Etiópia tinha chance de classificação e foi prejudicada pelas concorrentes, a organização decidiu que ela merecia estar na final. Na disputa por medalha, terminou em 15º lugar.

9º - O drama da marcha atlética Sob calor intenso, a marcha atlética masculina de 50 km foi dramática. Dos 80 competidores que largaram, 31 abandonaram a prova antes do final. O recordista mundial, o francês Yohann Diniz, sofreu dores abdominais e evacuou nas próprias pernas. Continuou, mas desmaiou. Acordou, prosseguiu e chegou em oitavo lugar. Nos 20 km, Caio Bonfim chegou em 4º lugar, uma marca histórica contra o preconceito. “Não tem um dia que eu não seja xingado”, desabafou.

10º - Fora da raia A equipe brasileira feminina de revezamento 4 x 100 m foi desclassificada por atrapalhar os Estados Unidos. Na semifinal, a brasileira Kauiza Venâncio esbarrou em Allyson Felix, que derrubou o objeto na passagem do segundo bastão. Por causa do erro, as norte-americanas cruzaram a linha de chegada em último. Sentindo-se prejudicadas, recorreram e conseguiram uma segunda chance. Depois de correrem sozinhas e fazer o melhor tempo classificatório, elas confirmaram o favoritismo na final e levaram o ouro.

Kauiza Venâncio esbarrou em Allyson Felix, que derrubou o bastão na segunda passagem Foto: AP