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Rio-2016 está sendo a Olimpíada 'mais difícil' já realizada, diz vice do COI

John Coates já havia dito, em 2014, que a organização era "a pior" que já tinha visto

Por Jamil Chade
Atualização:

A Olimpíada Rio-2016 está sendo "a mais difícil" já realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nos últimos tempos. Quem fez o alerta foi o vice-presidente da entidade, o australiano John Coates, envolvido em eventos olímpicos desde os anos 70. Em 2014, ele já havia alertado que a organização era "a pior" que ela já tinha visto.

Agora, numa entrevista à BBC, o dirigente apontou uma vez mais para uma situação pouco confortável no Rio. "Tem sido muito difícil. Os Jogos mais difíceis que temos encontrado em termos da situação econômica e política", disse.

"Estavamà beira de ser um dos cinco maiores PIBs do mundo. Agora, estão sofrendo", disse Coates Foto: Thomas Peter|Reuters

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"Há sete anos, quando o Rio foi escolhido, o Brasil estava à beira de ser um dos cinco maiores PIBs do mundo. Agora, está sofrendo", disse Coates. O australiano é um dos homens de maior influência no movimento olímpico, com uma posição de destaque no COI. Ao Estado, ele chegou a dizer que via o presidente do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, "pouco animado" antes do evento.

Nas reuniões internas, o COI e os organizadores brasileiros têm realizado debates que beiram a tensão diante do acúmulo de problemas. Transporte, segurança, cor da água das piscinas, filas, ingressos, locais vazios, situação dos voluntários e problemas operacionais têm deixado membros da entidade irritados.

Agora, nem bem terminada a primeira semana dos Jogos, as primeiras vozes de críticas começam a surgir. Em coletivas de imprensa diárias, o diretor de Comunicação do Rio-2016, Mario Andrada, tem repetidamente pedido desculpas pelas falhas. Internamente, o Estado apurou que os organizadores têm sido duramente pressionados em várias frentes e cobrados a trazer respostas imediatas para os problemas no Rio.

Nesta quinta, questionado pela imprensa estrangeira, Andrada admitiu que, em diversos setores, o Rio-2016 poderia ter "feito melhor". "Mas aprendemos e vamos fazer melhor para os futuros grandes eventos no Brasil", disse. Segundo ele, a crise econômica afetou a organização.