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Seleção feminina de basquete perde outra e precisa de milagre para se salvar

Brasil não pode mais perder e deve torcer por combinação de resultados

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

A seleção brasileira feminina de basquete já estava com a corda no pescoço. Depois de perder para a Bielorrússia por 65 a 63, nesta terça-feira, na Arena da Juventude, no Parque Olímpico de Deodoro, o laço se apertou. Para continuar na Olimpíada, precisa vencer França e Turquia, respectivamente na quinta e no sábado, e torcer por uma combinação de resultados.

A tarefa não será fácil, até porque a seleção francesa foi prata em Londres-2012 e nas últimas duas edições do Campeonato Europeu. Ainda mais se considerando que o Brasil perdeu jogando mal tanto para o Japão, na segunda, quanto para a Bielorrússia, nesta tarde. E esses são os dois times mais fracos do grupo.

Damiris foi o destaque do Brasil contra Bielorrússia, com 23 pontos e 10 rebotes Foto: Carlos Osorio| AP

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Mesmo que o Brasil consiga avançar, o que cada vez parece mais improvável, seria para enfrentar os Estados Unidos nas quartas de final. Ou seja: a não ser que uma zebra gigante passe por Deodoro, o Brasil não briga por medalha mais.

O JOGO A partida começou com o Brasil apagando a má impressão deixada no dia anterior, quando até o técnico Antonio Carlos Barbosa admitiu que o time parecia sem garra. Com o garrafão funcionando bem, a equipe brasileira logo abriu 10 pontos (21 x 11), indicando que não aceitaria uma eliminação precoce.

No segundo quarto, a vantagem chegou a 18 pontos quando o placar marcou 38 a 20. A defesa alta neutralizava a principal jogada das bielorrussas. Aí, o Brasil passou a sentir a falta de um banco de reservas minimamente competitivo. Palmira entrou no lugar de Damiris e o time simplesmente acabou. De 40 a 24, o placar passou a 40 a 35 na parada para o intervalo.

Um começo de terceiro quarto nervoso, com arremessos que não batiam nem no aro permitiu a Bielorrússia encostar. Foram 15 pontos seguidos das rivais até o Brasil conseguir sair dos 40. A partir daí, o jogo foi lá e cá.

Sem espaço para erros, Barbosa se viu obrigado a deixar as titulares em quadra praticamente até o fim do jogo. Só Iziane descansou um pouco, porque Joice finalmente entrou na Olimpíada.

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Mesmo com o quinteto considerado "acima da média", a seleção jogou muito mal na parte final do jogo, errando lances bobos e desperdiçando ataques em série. No último lance, precisando de uma cesta de dois pontos para empatar, a jogada não funcionou, Iziane queimou o arremesso de três pontos e acertou o aro.

Agora uma ala, Damiris foi o destaque do Brasil, com 23 pontos e 10 rebotes. Clarissa também deve um "double-double", de 17 pontos e 11 rebotes. Já Iziane seguiu abaixo da crítica, ainda mais para uma jogadora do nível dela. Teve aproveitamento de só 22% dos arremessos de quadra, para fazer seis pontos, e foi responsável por seis desperdícios de bola.

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