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Tecnologia ajuda a decidir o sétimo ouro para Phelps

Apesar da reclamação sérvia, Fina analisou o vídeo, ratificou o resultado, mas não divulgou as imagens

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Por Redação
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O fenômeno Michael Phelps pode ter recebido uma ajudinha da tecnologia para ganhar o ouro na prova dos 100m borboleta. Pelo menos foi essa a reclamação do sérvio Milorad Cavic, que chegou em segundo e faturou a prata. O nadador não se conformou em perder a prova por apenas um centésimo e pediu a revisão do resultado junto à Federação Internacional de Natação (Fina).   Veja também:  Saiba tudo sobre Michael Phelps, o maior campeão olímpico  Phelps diz que placar confirmou sua vitória  Spitz: Phelps foi 'épico' ao igualar o recorde de 7 euros  Fina não libera imagens da chegada da prova de Phelps  Sérvia pede revisão, mas Fina confirma vitória de Phelps O tempo de Phelps foi de 50s58 e o de Cavic, 50s59. E a primeira questão que imediatamente vem à tona: como é possível determinar que um nadador bateu a mão na borda da piscina apenas um centésimo antes que o outro? A diferença é tão pequena que fica muito difícil ser notada pelo olho humano. Arte/estadao.com.br Questionado pelo próprio nadador croata, a Fina contou com a tecnologia para determinar a vitória de Phelps, e o sucesso do norte-americano nos Jogos Olímpicos de Pequim. O centésimo de vantagem deu a sétima medalha de ouro e, de quebra, igualou o recorde de Mark Spitz, que também venceu sete vezes na Olimpíada de Munique-1972. Apesar dos cronômetros serem de responsabilidade da fábrica suíça Omega, os membros da comissão técnica da Fina usaram o vídeo da chegada para confirmarem a vitória do norte-americano. Depois que ficou clara a dificuldade de perceber quem bate primeiro em velocidade normal, a delegação da Sérvia sugeriu que a imagem fosse revista em velocidade um pouco mais lenta. A Fina seguiu a sugestão, mas mesmo assim ratificou a vitória de Phelps. "Ficou bastante claro que o nadador sérvio tocou um pouco depois que Michael Phelps", disse o queniano Ben Ekumbo, membro da comissão da Federação. Além disso, eximiu a responsabilidade da cronometragem da Omega, que "funcionou perfeitamente." BUSCA PELA VERDADE Aos sérvios, que tiveram oportunidade de analisar os vídeos junto com a Fina, restou a resignação. "Eles aceitaram a decisão porque não foi baseada na vista. Foi baseada na imagem", completou o queniano Ekumbo. Entretanto, a Fina não divulgou ainda as imagens oficiais da chegada da prova. "O vídeo mostrou que ele [Phelps] chegou primeiro. Na minha opinião, não está nada bem, mas devemos seguir as regras", declarou o chefe da equipe da Sérvia, Branislav Jevtic. "Todos viram o que aconteceu." O próprio técnico de Michael Phelps admitiu que não tinha certeza se o seu atleta iria chegar na frente. "Não estava seguro que ele iria tocar primeiro", explicou Bob Bowman. O sérvio, por sua vez, deixou a questão no ar. "Foi difícil para mim. Sei que minha última braçada foi mais comprida e o Phelps teve uma mais curta. A gente vai falar desse prova durante muito anos. Se eu cair de novo na piscina com ele [Phelps], eu ganho", prometeu Milorad Cavic. Para Michael Phelps, restou os louros da vitória. "O sistema eletrônico foi claro. Não fiquei sabendo de nenhum erro do sistema. O placar indicou que eu toquei a mão primeiro", completou o novo recordista de medalhas de ouro em uma só Olimpíada.  

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