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Terezinha Guilhermina queima largada e é desclassificada nos 200 metros: 'Falhei'

Multicampeã paralímpica sequer participou da prova final

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Por Constança Rezende
Atualização:

A velocista Terezinha Guilhermina, de 37 anos, foi desclassificada da final da prova dos 200 metros rasos da Paralimpíada do Rio-2016, na noite desta terça-feira, no estádio Olímpico, o Engenhão. Ela foi eliminada após queimar a linha da largada, na categoria T11 (para cegos). Na última sexta, ela também havia sido desclassificada da prova dos 100 metros rasos - foi acusada de ser puxada por seu guia, Rafael Lazarini.

Terezinha Guilhermina, de 37 anos, foi desclassificada da final da prova dos 200 metros rasos Foto: Fabio Motta/Estadão

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Em entrevista a jornalistas depois da desclassificação desta terça-feira, Terezinha disse que "não sabia se ria ou se chorava", após a derrota. "Nunca tinha queimado a largada em 16 anos de carreira e o destino decidiu que iria acontecer isso em uma final da Paralimpíada na minha casa. Quando o Rafael me disse que tinha queimado a largada, eu falei que não tinha sido eu. Mas realmente falhei e quero pedir desculpas ao Brasil", disse a atleta.

Terezinha, que é a principal velocista do Brasil, também disse que se perdoa porque "é um ser humano". "Foi um acidente. Não saí de casa pensando que iria acontecer isso, mas acontece. Não estava preparada para ser desclassificada e, sim, para fazer o meu melhor. Mas eu ainda sou a Terezinha e ninguém vai acabar com a minha carreira", afirmou.

A velocista também destacou o carinho da torcida, mesmo com a derrota. "Sei que muitas pessoas vieram no estádio hoje (terça-feira) para ver a minha corrida. Então, elas poderiam ter me vaiado, mas me aplaudiram. Este é o meu maior presente. Depois de tudo o que aconteceu hoje, eu ouvi os aplausos e comecei a saltar. Era o mínimo que poderia fazer para retribuir o carinho", disse a atleta.

Terezinha já ganhou seis medalhas em Jogos Paralímpicos (três ouros, uma prata e dois bronzes). Também já ganhou 12 medalhas em Mundiais (oito ouros e quatro pratas) e nove medalhas em Jogos Parapan-Americanos (oito ouros e uma prata). A atleta mineira nasceu com retinose pigmentar, doença que provoca a perda gradual de visão.

Nesta terça-feira, o também favorito Odair Santos ficou com a medalha de prata na final dos 1.500 metros rasos, também na categoria T11. Ele acabou a prova com o tempo de 4min03s85.

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