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Venda de ingressos encalhados movimenta porta do Maracanã antes de encerramento

Mesmo com preços reduzidos, maioria dos bilhetes não foram vendidos

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Por Suellen Amorim
Atualização:

Ingressos sobrando e pessoas comuns transformadas em cambistas eventuais marcaram as horas que antecedem a cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro, junto às entradas do estádio do Maracanã, na zona norte do Rio, onde o evento terá início a partir das 20 horas. Embora não houvesse fila nas bilheterias, muita gente se acumulava na frente da arena tentando vender entradas compradas com antecedência pelo site oficial. Mesmo oferecidos por preços mais baixos que os de face, os bilhetes não eram vendidos.

Tatiane Viegas, de 28 anos, chegou ao Maracanã com a amiga Pâmela Assis, de 25 anos, de Minas Gerais. Elas compraram bilhetes extras na noite anterior ao encerramento por R$ 1.050, mas até as 19h não haviam encontrado interessados em comprá-los. A partir de certo ponto, já falava em dá-los de graça. "Já ofereci por até R$ 250 e ninguém quis. Você quer entrar com a gente?", perguntou Tatiane. Depois de meia hora de tentativa, já pensava em desistir.

Pessoas tentam vender ingressos para encerramento poucas horas antes da cerimônia Foto: Divulgação

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Na bilheteria, o preço mínimo era de R$ 200, mas o lote mais barato se esgotou por volta das 18h30 deste domingo. Pouco antes da festa, ainda era possível comprar ingressos de R$ 600, R$ 1.200, R$ 2.000 e R$ 3.000, de acordo com uma compradora que não quis se identificar.

Outro que comprou com antecedência e não conseguiu repassar o tíquete extra foi Joseph Haifaz, de 25 anos, que veio com os amigos de São Paulo. "Comprei por R$ 2 mil e quero vender por R$ 500. Estou tentando vender há sete dias pelo Facebook, mas ninguém quer comprar", afirmou.

Júlio César Souza, de 33 anos, não lamentou o prejuízo. Ele tentou vender por R$ 200 os ingressos que ganhara. "Pelo menos, eu ganhei. E está difícil vender. Vamos ver se consigo, quando a chuva acabar", disse Souza.

Já a australiana Ann Odong, de 32 anos, chegou ao estádio com uma amiga e, no meio do trajeto, perdeu os ingressos. Na bilheteria, ela tentou reaver os tíquetes, mas foi informada de que teria de pagar R$ 200 por cada um dos novos bilhetes. "Paguei R$ 600 antes, pelo site. É muito injusto comprar com antecedência e não ter desconto", disse Ann, referindo-se ao valor mais barato cobrado na hora.