O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, pediu nesta quinta-feira que o Japão reduza o orçamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, por enquanto estimado em 18 bilhões de dólares. Para o dirigente, uma cifra tão elevada poderia inibir que outras cidades postulem receber a competição no futuro.
Durante um evento de três dias em Tóquio onde se reúnem diversas esferas de poder ligadas à organização dos Jogos, Coates disse que o COI não aceitou a cifra, reforçando que os japoneses enviam uma mensagem equivocada ao mundo com relação ao custo da organização de uma Olimpíada.
Ainda não há, entretanto, um orçamento oficial para os Jogos de Tóquio, o que só deve ser entregue no fim do ano. Os custos dispararam na comparação com o inicialmente previsto porque foram incluídas obras de reestruturação necessárias depois do terremoto e do tsunami que afetaram o Japão em 2011, mesmo ano em que a candidatura foi lançada.
Uma comissão da prefeitura de Tóquio acusa os organizadores dos Jogos de aprovar um enorme gasto público para o evento sem pensar no seu uso a longo prazo. O painel calcula que custo da Olimpíada pode chegar a US$ 30 bilhões, quatro vezes mais que o previsto inicialmente.
O COI também foi pressionado para reduzir os custos de organização de Jogos Olímpicos, principalmente depois que a cidade de Sochi, na Rússia, gastou US$ 51 bilhões para fazer a Olimpíada de Inverno, em 2014. Depois disso foi aprovada a Agenda 2020, que, entre outras coisas, visa adequar os Jogos às estruturas já existentes nas cidades, a fim de diminuir os custos de realização.