Depois de brilhar no UFC em Houston, Jéssica Andrade mira disputa pelo cinturão

Paranaense conquista sua terceira vitória consecutiva pelo peso-palha

PUBLICIDADE

Por Andreza Galdeano
Atualização:

A próxima brasileira que pode entrar para a lista de campeões do UFC é Jéssica Andrade. A paranaense conquistou sua terceira vitória consecutiva no último sábado, sobre Angela Hill, no UFC Fight Night de Houston. Agora, a 'Bate-Estaca', como é conhecida, disputará o título peso-palha feminino pela primeira vez na carreira.

Em defesa do cinturão vem a polonesa Joanna Jedrzejczyk, que fez sua última luta em novembro e venceu Karolina Kowalkiewicz. O combate com a brasileira ainda não tem data para acontecer, mas já está confirmado por Dana White, presidente da organização, que deixou claro: 'Absolutamente Jéssica é a próxima'. 

Jéssica Andrade (amarelo) não tomou conhecimento de Angela Hill e garantiu a vitória Foto: Tim Wamer/Getty Images/AFP

PUBLICIDADE

Protagonista de uma grande luta no Ultimate, a 'Bate-Estaca' mostrou domínio nos três rounds contra Angela Hill, e comemora sua vitória dentro do octógono. "Apareceu a oportunidade de lutar com a Angela e foi o melhor para minha carreira, porque eu posso subir degrau por degrau sem ouvir que eu acabei de entrar na categoria e já estou disputando o título. Então, farei tudo do jeito certo para ser merecedora," conta em entrevista exclusiva ao Estado. 

Com mais um triunfo no cartel, Jéssica não esconde a ansiedade para os seus próximos passos no MMA. "Eu sabia que tinha que vencer essa disputa (contra Angela Hill), a responsabilidade era grande. Agora a vontade é de lutar logo e se Deus quiser ser a campeã da categoria."

DOS GRAMADOS PARA O OCTÓGONO Um dos principais nomes do MMA brasileiro não deu os primeiros passos no esporte através da luta. Jéssica Andrade revela que sua história é "um pouco" diferente. "Eu nunca imaginei que seria lutadora. Eu queria ser jogadora de futebol." conta. 

A paranaense, que demonstra uma forte ligação com a família, ainda diz que foi complicado contar que estava entrando em outro esporte. "Foi difícil falar para minha mãe, mas ela sempre disse que tinha muito orgulho de mim e sabia que eu não entregaria os pontos".

Jéssica começou a treinar jiu jitsu em 2011, de lá para cá, participou de campeonatos e começou a perceber o seu potencial na categoria a partir da primeira vitória. "Fiz uma luta muito boa e venci. Até levei minha mãe, ela ficou feliz com o resultado. Mas, fechava o olho quando eu deitava e abria quando eu estava em pé no confronto. Foi então que eu falei: Acho que vai dar certo esse negócio". Com as vitórias, vieram as oportunidades na carreira. "Fui vencendo e apareceram ofertas, hoje, estou aqui, perto de uma disputa pelo cinturão".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.