Emocionado após o retorno com vitória após 13 meses parado, Anderson Silva declarou na madrugada deste domingo, 1.º, que seu futuro depende de uma conversa com a sua família para decidir se continua ou não lutando. "Eu amo meu trabalho, amo lutar, mas preciso falar com a minha família. Quando vejo o meu filho Kalyl, ele sempre diz: 'Pai, você não precisa mais lutar, volte para casa'", disse o lutador brasileiro. Aos 39 anos, ele tem 14 lutas em seu contrato com o UFC.
Anderson dedicou a sua volta à família, aos médicos e treinadores e ao público brasileiro, que lotou o MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Concentrado durante a luta, ele negou que tenha respondido às provocações de seu adversário, o polêmico americano Nick Diaz. "Em nenhum momento, eu estava brincando, eu estava lutando sério. Estava mais focado, fazendo o que treinei", declarou. "Respeito o Nick, foi um grande desafio."
O lutador desabou aos prantos no tablado do octógono após o juiz Bruce Buffer anunciar sua vitória por pontos, o que definiu como "choro de emoção", e correu para abraçar Jon Jones, atual campeão dos meio-pesados, que admitiu que um exame antidoping deu positivo para cocaína.
"Jones é meu amigo, ele é jovem (27 anos). Todas as pessoas têm problemas. Eu tenho problemas, todo mundo aqui tem problemas. Mas algumas pessoas gostam de dizer: 'Esse cara é mau'", afirmou Anderson. "Quando vejo Jones, eu lhe digo: você precisa mudar porque as crianças o veem. Pare, você é o melhor lutador da atualidade."
