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Uma Homenagem ao Super-herói Muhammad Ali

Para crianças, que participaram de evento, Ali era muito mais do que uma referência no esporte

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Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior
Atualização:

Enquanto Chris Sunders usa papel e tesoura para recortar uma abelha colorida com asas amarelas e pretas, Anne Khameine pede para a tia desenhar uma borboleta no rosto. Esses dois momentos aparentemente distantes da figura de Muhammad Ali aconteceram ontem no festival “I am Ali” (Eu sou Ali), primeiro grande evento realizado em Louisville em memória do lutador morto na sexta.

A ideia da prefeitura foi usar a vida do boxeador como inspiração para um evento cultural, artístico e educativo, com a participação das principais instituições da região como o Jefferson County Public Schools, o Kentucky Science Center e Louisville Free Public Library. O foco foi dirigido às crianças para que a figura do campeão de boxe mantenha relevância para as futuras gerações.

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Tudo fica mais claro quando se descobre que uma frase central foi o mote para os trabalhos de Chris e Anne: “flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha”, a maneira como Ali definiu seu estilo.

Foram inúmeras atividades, todas lúdicas. Crianças – e também adultos – deixaram mensagens em um grande painel branco com o nome “Ali”. Era possível gravar um vídeo sobre o boxeador, posar para uma foto ao lado do ídolo, usar luvas de boxe, cantar e dançar as músicas de que Ali mais gostava com grupos da cidade.

Além do zumzumzum da garotada, os alto-falantes reproduziam as narrações das lutas históricas de Ali, como a da conquista da medalha de ouro nos Jogos de Roma, em 1960, e a luta do século contra George Foreman.

Várias crianças ouvidas pelo Estado, no entanto, não diziam que Ali tinha sido alguém importante do esporte. Todos disseram que ele foi um tipo de super-herói. Uma digressão: uma música de Jorge Benjor e Toquinho diz que Cassius Clay (ele ainda não havia se convertido ao islamismo) era um sucessor do Batman, Capitão América e Superman.

Incentivadas pelos pais e educadores, todas transformaram em grito de guerra aquela frase sobre abelhas e borboletas, que provavelmente vão levar consigo após o fim do “I am Ali”.

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