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Em crise, Venezuela é impedida de sediar Copa Davis por 'falta de segurança'

ITF deve propor local neutro para partidas entre 16 e 18 de setembro

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Por Redação
Atualização:

A Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) impediu a Venezuela de sediar a série final do Grupo 2 do Zonal Americano da Copa Davis, por meio de uma carta enviada na sexta-feira. A entidade alegou problemas de segurança no país, que enfrenta uma grave crise econômica, e a Federação Venezuelana de Tênis protestou.

As partidas estavam programadas para serem disputadas entre os dias 16 e 18 de setembro, na cidade litorânea de Barcelona. Após a determinação da ITF, a Venezuela deve propor uma sede neutra até a próxima quinta-feira, ou então a série vai acontecer no Peru. "Esta decisão nos pegou desprevenidos", afirmou Luis Contreras, presidente da Federação Venezuelana de Tênis, por telefone à Associated Press. O mandatário protestou de maneira veemente.

Policiais e manifestantes têm entrado em confronto nos protestos da Venezuela Foto: Federico Parra/AFP

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"Isto é algo para países paralisados por guerra. Nós fomos à Colômbia no meio do terrorismo e do narcotráfico nos anos 1980, estivemos no Peru do Sendero Luminoso", atacou Contreras, citando a organização acusada de atos terroristas em território peruano. "Estamos na pior crise da história do país, não podemos negar, mas não há razão para o veto", acrescentou. Em março, a Venezuela recebeu o Paraguai pela mesma Copa Davis e o evento não registrou qualquer incidente.

Por outro lado, a ITF lançou apenas um comunicado sobre o cancelamento das partidas no país sul-americano. "A prioridade para nós é a segurança dos jogadores, oficiais e espectadores. A Venezuela tem direito a nomear uma sede neutra, sujeita à aprovação do comitê da Copa Davis", anunciou a entidade em comunicado oficial.

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