Briga pelo poder agita os bastidores da Fórmula 1 neste final de temporada

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Por Redação
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Enquanto nas pistas Lewis Hamilton já garantiu o título da temporada por antecipação e os treinos livres para a corrida deste domingo no circuito de Yas Marina mostram mais uma vez que a Mercedes, escuderia do piloto inglês e de seu companheiro, o alemão Nico Rosberg, terão os carros mais velozes, nos bastidores a disputa pelo poder na Fórmula 1 cresce a cada dia.Os personagens desta guerra fria são quatro e dividem-se em grupos opostos. De um lado estão Bernie Ecclestone e Jean Todt, responsáveis pelos direitos comerciais e esportivos da categoria através da Formula One Managemet (FOM) e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Do outro, Toto Wolf, diretor de esportes da Mercedes, e Sergio Marchionne, presidente da Fiat e da Ferrari - estes últimos, na prática, comandam o esporte atualmente.O centro do problema está na introdução dos motores híbridos, que chegaram junto com as Mercedes em 2014, substituindo os convencionais. Com eles, os propulsores à gasolina são auxiliados por outros dois, elétricos, que recuperam energia cinética gerada nas corridas. Eles dão mais "força" aos carros e reduzem a perda de potência do turbo nas curvas.Hoje, apenas Mercedes e Ferrari produzem motores com bom rendimento, deixando as outras escuderias no vácuo - Red Bull, Renault e Honda não possuem a eficiência das rivais.Ecclestone e Todt, que historicamente sempre deram às ordens na categoria, reclamam da falta de "esportividade" da categoria, que em 2015 foi dominada pela Mercedes, com a Ferrari como coadjuvante. Eles estão nas mãos de Wolf e Marchionne por que as escuderias que usam motores Mercedes ou Ferrari aprovam o regulamento de acordo com os interesses dessas montadoras. A briga de egos e vaidades, pelo que parece, continuará na próxima temporada.

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