A ligação entre Fernando Alonso e Ferrari está cada vez abalada e deve ter o fim anunciado ainda neste fim de semana, durante o GP do Japão de Fórmula 1, em Suzuka. A relação entre o piloto e a nova cúpula da equipe italiana, que assumiu o cargo recentemente, está estremecida e piorou depois do espanhol ter ouvido que precisaria esperar dois anos para voltar a ter um carro competitivo.
Nos últimos meses a equipe italiana passou por reformulações no comando tanto da presidência, com a troca de Luca di Montezemolo por Sergio Marchionne, como na chefia do time, Stefano Domenicali deu lugar a Marco Mattiacci. Os dois novos ocupantes entraram em conflito com as ambições do piloto, que sonha em conquistar o terceiro título.
O espanhol foi campeão pela Renault em 2005 e 2006 e chegou na Ferrari em 2010 com a ambição de garantir pela terceira vez o título. Desde então, foi vice três vezes (2010, 2012 e 2013), mas em 2014 vê a equipe italiana fazer péssima temporada. Mesmo com outro campeão mundial como piloto da escuderia, o finlandês Kimi Raikkonen, a Ferrari ainda não venceu e se aproxima de terminar uma temporada sem ganhar pela primeira vez desde 1994.
Com contrato até 2016, o espanhol tem deixado claro nas entrevistas que prefere deixar os atritos políticos em segundo plano. "Tenho adaptado meu estilo de dirigir às novas regras a cada ano e me sinto no melhor momento da minha carreira. Espero tirar algum benefício disso pelos próximos anos e quem sabe me aposentar com mais dois títulos", disse.
Caso saia da Ferrari, a McLaren passa a ser o mais provável destino do espanhol, que já guiou pela escuderia inglesa em 2007. Para a vaga de Alonso, a Ferrari pode trazer os franceses Romain Grosjean ou Jules Bianchi, além de Sebastian Vettel, como já tem cogitado a imprensa alemã.
