Schumacher mostra cautela na Hungria

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Por Agencia Estado
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Apesar de ter estabelecido o melhor tempo no primeiro dia de treinos livres do GP da Hungria, nesta sexta-feira, Michael Schumacher está cauteloso. "Já vivemos essa situação antes. Fomos bem superiores na sexta-feira, mas no sábado não fizemos a pole position", disse o piloto alemão. Mas no caso do circuito Hungaroring, a possibilidade de a Ferrari ser surpreendida sábado, na definição do grid, e até domingo, ao longo das 77 voltas da prova, parecem menores. "Como no ano passado, os pneus Bridgestone mostraram excelente adaptação à pista", revelou Schumacher depois do treino. Rubens Barrichello ficou com o segundo tempo, enquanto que o primeiro adversário da Ferrari, Ralf Schumacher, da Williams, apareceu em terceiro, a 882 milésimos de segundo do irmão. Ralf foi menos prudente que Schumacher ao prever o que deve ocorrer sábado e domingo na pista húngara. "A Ferrari será muito mais veloz que todos", disse ele. Seu tempo quase um segundo pior que o do piloto da Ferrari é, segundo o alemão da Williams, um reflexo da maior eficiência do time italiano e da Bridgestone na Hungria. "Nossa preocupação não deve ser a Ferrari, mas a McLaren." Kimi Raikkonen, da McLaren, registrou o quarto tempo, a 952 milésimos de Schumacher, mas a apenas 101 milésimos de Ralf. Juan Pablo Montoya, da Williams também, errou na sua volta lançada e ficou em 16º. "Não temos aderência", reclamou. O tradicional piso escorregadio da pista na Hungria, em especial na sexta-feira, fez com que quase todos os pilotos ao menos uma vez rodasse, incluindo-se aí a dupla da Ferrari. No GP de Mônaco, a Michelin, que fornece pneus para a Williams e a McLaren, produziu um pneu bastante mole, permitindo à Montoya e David Coulthard, da McLaren, largarem na primeira fila. A estratégia dos franceses deu certo. Na corrida, Schumacher, com Bridgestone, era bem mais rápido que Coulthard, o líder, mas como não havia como ultrapassar nas ruas do Principado, o escocês, mesmo com os pneus bem gastos, venceu. Os japoneses da Bridgestone, ao menos pelo evidenciado nos treinos desta sexta-feira, sugeriram não cair de novo na bela jogada da Michelin. Em Mônaco, já no primeiro dia os pilotos com os pneus franceses foram bem velozes, o que não foi o caso na Hungria. A temperatura de 22 graus contrasta com a de anos anteriores em Budapeste, sempre próxima dos 30 graus. Mesmo com quase todos os pilotos utilizando pneus novos e pouca gasolina na sessão da tarde, os tempos ficaram longe dos verificados ano passado. "Aqui a aderência melhora muito de um dia para o outro", explicou Barrichello, contente em parte com o desempenho da Ferrari. O brasileiro ficou a 606 milésimos (seis décimos de segundo) de Schumacher, enquanto essa diferença tem costumado ser na casa dos dois décimos durante toda a temporada. O tempo da pole position de Schumacher em 2001 foi de 1min14s059, enquanto nesta sexta-feira o alemão ficou com 1min16s346. A razão de as equipes simularem já na sexta-feira a sessão de classificação é simples. "A posição no grid determina o resultado na corrida", disse Montoya. Felipe Massa, da Sauber, obteve um bom oitavo tempo, com 1min17s704, apesar de bater no fim da sessão. Ele nunca andou no circuito húngaro. O seu companheiro de equipe, Nick Heidfeld, também se acidentou e ficou em 17º. Como a Arrows desistiu de disputar a prova e nem foi para a Hungria, por causa da crise financeira que atravessa, o outro brasileiro da categoria, Enrique Bernoldi, não treinou e nem irá correr domingo. A rede Globo transmite a sessão de classificação do GP da Hungria, neste sábado, a partir das 8 horas. A corrida, domingo, acontece às 9 horas.

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