Publicidade

Análise: Renan fica sob o guarda-chuva de Bernardinho

Nada será feito ou executado sem o aval do ex-técnico da seleção masculina de vôlei

PUBLICIDADE

Por Bruno Voloch
Atualização:

A novela acabou e com final antecipado pelo blog desde novembro. O destino do vôlei masculino do Brasil estava selado desde setembro. Foi nessa época que Bernardinho decidiu que daria um tempo de seleção. Descanso merecido. O treinador tentou emplacar e promover o então assistente Rubinho para técnico. A CBV disse não.

O plano B seria Renan, amigo pessoal e padrinho de Bruno. Um dos ícones da geração de prata era empregado da CBV, pediu demissão e alegou oficialmente problemas pessoais até esperar o momento certo de ser anunciado. Jogo de cartas marcadas.

Bernardinho deixou a seleção masculina de vôlei do Brasil Foto: Wilton Junior/Estadão

Não muda nada ou quase nada na seleção. Renan será o que Rubinho seria, ou seja, homem de confiança de Bernardinho dentro de quadra. Nada será feito ou executado sem o aval do ex-técnico. Convocações inclusive. Ninguém deve se iludir. Só mudam os nomes. Bernardinho pode tirar férias, cuidar da saúde, curtir a família e viajar quando necessário para acompanhar a delegação. A CBV que se vire para em breve dar um cargo oficial ao campeão olímpico seja como supervisor, diretor ou algo do gênero. O único risco é Bernardinho roer a corda e virar a chave para a política brigando pelo governo do Rio. Renan, coitado, teria que se virar sozinho. Ele não era o nome ideal. Longe disso. Está desatualizado, jamais vingou como técnico por onde passou, mas é político e aceitou se submeter a tal situação. O mais importante de ter Renan sob o guarda-chuva de Bernardinho é que a CBV pode alterar o processo no meio do ciclo olímpico sem grandes avarias caso os resultados não sejam aqueles esperados. Bernardinho teria descansado, voltaria tendo o controle das ações e do que teria sido feito até então na seleção e com possibilidades de virar herói novamente em Tóquio 2020. Marcelo Mendez, o substituto, ideal e por merecimento, não fala essa língua. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.