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CBV repudia racismo contra Fabiana e elogia atitude do Minas

Confederação salienta que clube de Belo Horizonte 'tomou as medidas cabíveis, retirando o agressor do ginásio'

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Por Redação
Atualização:

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) emitiu nota nesta quinta-feira para repudiar os atos de racismo contra a centra Fabiana, capitã da seleção feminina de vôlei, em partida do Sesi, clube dela, contra o Minas Tênis Clube, na casa do clube belo-horizontino. No texto, a CBV afirma que se solidariza com a jogadora e oferece a ela "total apoio. A entidade diz que Fabiana foi vítima de um "episódio lamentável", mas isenta o Minas. "O clube minastenista tomou as medidas cabíveis, retirando o agressor do ginásio na mesma hora, e a jogadora declarou que tomará as devidas providências. Diante de tal fato, a CBV repudia o ato de racismo, presta total solidariedade à atleta Fabiana e declara que espera não presenciar mais esse tipo de situação", diz a nota. A central do Sesi (SP) foi xingada por um torcedor na partida da última terça-feira, conforme relatou. "Durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo à partida."

Fabiana, do Sesi, sobe para atacar em partida do returno da Superliga, contra o Camponesa/Minas, em Belo Horizonte Foto: Orlando Bento/Divulgação - Minas Tênis Clube - 28/01/2015

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No Instagram, a jogadora agradeceu ao clube adversário, que retirou do ginásio o autor dos insultos e o levou para uma delegacia. Mineira de Santa Luzia, a jogadora começou a carreira no Minas. O Sesi perdeu por 3 sets a 1 e a central foi a maior pontuadora do jogo, com 19 pontos.

"Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano", afirmou.

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