PUBLICIDADE

Publicidade

Ícone do vôlei brasileiro, Giba anuncia aposentadoria

Ponteiro campeão olímpico em 2004 estava sem clube desde que passou três meses jogando pelo Al Nasr, dos Emirados Árabes

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um dos maiores jogadores de vôlei de todos os tempos e três vezes medalhista olímpico, o tricampeão mundial Giba anunciou nesta sexta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, que está encerrando a carreira. O ponteiro estava sem clube desde que passou três meses jogando pelo Al Nasr, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "O sentimento é de dever cumprido", garantiu.

PUBLICIDADE

Na reportagem exibida pela Rede Globo, o jogador não explicou os motivos da aposentadoria, anunciada aos 37 anos. Na matéria, Giba chorou bastante e relembrou inclusive o caso de doping, quando, em 2002, testou positivo para maconha. 

Natural de Londrina (PR), Giba começou a carreira no Canadá Country Club, time da cidade. Começou a mostrar serviço ao vôlei brasileiro em 1993. Um ano depois do primeiro ouro olímpico do País em esportes coletivos, ele liderou o time campeão mundial infanto-juvenil, sendo eleito o melhor da competição.

Giba foi campeão olímpico e tricampeão mundial com a seleção Foto: Marcos de Paula/Divulgação

Em 1995, foi prata no Mundial Juvenil e mais uma vez eleito MVP do torneio, o que lhe rendeu a primeira convocação para a seleção adulta. Na reserva, viu o Brasil terminar em sexto nos Jogos de Sydney/2000. 

A partir dali, aos 26 anos, o ponteiro-passador começou a liderar a melhor geração do vôlei brasileiro. Entre 2001 e 2010, enquanto vivia a melhor fase da carreira, Giba ajudou o Brasil a ganhar oito vezes a Liga Mundial, sendo eleito o MVP da edição de 2006.

Em 2004, fez 20 pontos na final dos Jogos Olímpicos de Atenas, quando o Brasil ganhou da Itália para faturar o seu segundo ouro. Como prêmio, foi eleito o MVP do torneio. Quatro anos depois, em Pequim, amargaria a medalha de prata com a seleção brasileira.

Campeão mundial em 2002 como titular, faturou em bi em 2006 sendo eleito o MVP do torneio. Quando o Brasil faturou o tri, em 2010, Giba era o capitão do time mas quase não entrava em quadra - só participou de um dos últimos quatro jogos. Como Murilo brilhava na sua posição, Giba também praticamente não jogou na Olimpíada de Londres, quando viu do banco o Brasil ficar com a prata.

Publicidade

Já há alguns anos, o papel do ponteiro já era mais como líder do grupo de Bernardinho do que de atleta dentro de quadra. Afinal, depois de oito anos jogando fora do País (Itália e Rússia), Giba voltou ao Brasil em 2009 e passou a lutar contra lesões. No fim da carreira, atuou por duas temporadas no Pinheiros/Sky - equipe que reuniu estrelas, não engrenou e foi extinta.

Em 2011, transferiu-se para o Cimed, de Florianópolis, pelo qual não entrou em quadra nenhuma vez. Após os Jogos de Londres, transferiu-se para o Drean Bolívar, da Argentina, mas deixou o clube por problemas salariais. No segundo semestre de 2013, assinou com o Taubaté, passou dois meses aperfeiçoando a forma física, e entrou em quadra apenas cinco vezes antes de anunciar sua saída para o Al Nasr, em fevereiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.