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Jaqueline prevê volta à seleção e briga pelo título com o Minas

Aliviada com o fim de indefinição, ponteira de 30 anos será apresentada oficialmente por sua nova equipe na quarta-feira e

Por Amanda Romanelli
Atualização:

A indefinição sobre o futuro de Jaqueline acabou. A ponteira de 30 anos assinou contrato com o Camponesa/Minas - será apresentada oficialmente nesta quarta-feira, em Belo Horizonte - e defenderá a equipe até o fim da recém-iniciada temporada. Para a bicampeã olímpica, o medo de uma aposentadoria forçada acabou, e o sonho de disputar a Olimpíada do Rio, em 2016, continua no horizonte. “Eu estou muito feliz. Vou poder jogar, voltar à seleção, e buscar um lugar na Olimpíada. Tenho certeza de que agora estou em condições de lutar por isso”, disse a jogadora ao Estado

Jaqueline começa a treinar na segunda-feira, mas sua estreia ainda está indefinida. A jogadora tirou férias após o fim do Mundial da Itália, em outubro, quando conquistou o bronze, e precisa retomar a boa forma física que apresentou na seleção. “Eu não estou em ritmo de jogo e nem na minha melhor forma física. Parei de treinar e emagreci bastante. Preciso ir com calma, tenho três cirurgias no joelho, mas para fortalecer, acho que preciso de uns 15 dias. Mas estou na minha melhor fase. Quero voar no Minas também, como foi na seleção.”

Jaqueline não escondeu a sua felicidade de ter acertado contrato com o Minas Foto: Divulgação

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Após a gravidez do filho Arthur, que nasceu em dezembro, Jaqueline ficou sem clube. O ranqueamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) foi um impeditivo, pois a atleta teve a pontuação máxima mantida. As duas principais equipes do País, Molico/Osasco e Rexona-Ades, já tinham o número limite de jogadoras com sete pontos. Mas, mesmo agora com um time para jogar, Jaqueline não deixa de criticar o sistema da entidade. "Se isso aconteceu comigo, que sou bicampeã olímpica, o que acontece com quem não está na mídia? As jogadoras estão saindo do País, e o ranqueamento está prejudicando o vôlei brasileiro. Não sou a favor e nunca serei."

Os outros clubes, com elencos montados, tinham dificuldade para encaixar a bicampeã olímpica no orçamento. Pinheiros e Minas foram os que insistiram na contratação da atleta, com vantagem para o time de Belo Horizonte. "O que eu posso dizer é que eles pagaram o que eu pedi. Eu estou muito, muito feliz, porque eles ligam a toda hora, querem saber, estou adorando. Mais confiança do que isso, não existe. E eu também agradeço muito ao Pinheiros, que tentou bastante a minha contratação, mas não tinham verba suficiente."

APOIO

Jaqueline teve propostas para atuar no exterior, mas não aceitou deixar o País por causa da família. Já a mudança para a capital mineira foi incentivada pelo marido, o também ponteiro Murilo, que tem contrato com o Sesi - no momento, ele está fora das quadras devido a uma cirurgia no ombro. "O Murilo me deu total apoio, ele não queria que eu tivesse uma aposentadoria forçada. O Arthur vai ficar nessas idas e vindas (entre São Paulo e BH), como sempre foi na nossa vida. Esse é o meu trabalho, e sei que ele vai entender no futuro." Por ora, o filho ficará com o pai, na capital paulista. "Vou me estruturar primeiro. Nesse período, até eu me ajustar, ele fica com o Murilo. No ano que vem, ele fica comigo."

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Sobre as chances de sua nova equipe na Superliga, Jaqueline diz que o Minas pode fazer frente à dupla que domina o cenário nacional há uma década. "É um time para chegar à final, para voltar a ser o Minas que era antes, campeão da Superliga". Aliás, a equipe mineira foi a última a conquistar um título nacional antes da hegemonia Osasco-Rio, com o título da temporada 2001/2002.

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