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Zé Roberto critica programação do Grand Prix de Vôlei: 'Temo pela saúde das jogadoras'

Técnico da seleção feminina está preocupado com o desgaste provocado pela mudança de fuso horário

Por Nathalia Garcia
Atualização:

Campeã do Torneio de Montreux, a seleção brasileira feminina de vôlei treinou nesta terça-feira, em Barueri, em preparação para o Grand Prix, que será disputado entre 7 de julho e 5 de agosto. Para o técnico José Roberto Guimarães, a adaptação ao fuso horário ao longo da competição será a maior dificuldade das brasileiras. Preocupado com o desgaste das atletas, o comandante até fez um apelo à Federação Internacional de Vôlei (FIVB). "Vamos daqui para a Turquia, saímos da Turquia e vamos para o Japão, são 7 horas de fuso, voltamos para o Brasil e, se nos classificarmos, vamos para a China. Queria fazer uma reivindicação à Federação Internacional para que revisse essa situação de deslocamento. O ideal para nós seria sair do Brasil, ir para a Europa e depois para a Ásia. Estar na Ásia, voltar para o Brasil e ir para a Ásia de novo é muito desgastante. Eu temo pela saúde das jogadoras", criticou.

Zé Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira feminina de vôlei. Foto: Amanda Perobelli/Estadão

A seleção brasileira estreia no Grand Prix em Ancara, na Turquia, onde enfrenta Bélgica, Sérvia e fecha a primeira etapa contra as anfitriãs. Cinco dias depois, as jogadoras entram em quadra em Sendai, no Japão, para o reencontro com a Sérvia e fazem, na sequência, os duelos com Tailândia e as donas da casa. De volta para o Brasil, o time de Zé Roberto encara Bélgica, Holanda e Estados Unidos em Cuiabá. Se avançar, o elenco terá de voltar para o continente asiático para a fase decisiva. Outro desafio que as brasileiras terão de superar pelo caminho para brigar pelo pódio é encaixar o estilo de jogo diante de uma grande variedade de "escolas de vôlei". "A Sérvia, na primeira etapa, joga com a bola muito mais alta e com a Boskovic na saída da rede. Vamos encontrar Japão e Tailândia na segunda etapa, que jogam com uma velocidade muito maior do que os outros times. A Turquia é uma mescla dessa duas escolas. Os tempos de ajuste são completamente diferentes", explica Zé Roberto. Com 11 títulos, o Brasil é o maior vencedor da história do Grand Prix. Apesar de apostar em um grupo renovado nesta edição, o treinador reconhece que a seleção brasileira carrega o peso da tradição. "Os times veem o Brasil como parâmetro, a gente tem de se apresentar bem e convencer."  Zé Roberto também ressalta que os adversários começam a tomar forma neste início de ciclo olímpico até os Jogos de Tóquio, em 2020. "No Grand Prix, a gente já vê as seleções mais encorpadas, vai mostrar para gente como elas vão se apresentar nos próximos quatro anos." Para fechar a preparação, o Brasil terá dois amistosos com a Polônia nos dias 27 e 29 de junho, em Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente.

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