Almir Leite
26 de janeiro de 2016 | 17h00
Eleito por unanimidade novo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, paraguaio de 44 anos completados na segunda-feira 25 de janeiro, fez sua primeira promessa: a de uma auditoria na entidade.
Será? Se ele realmente começar a mexer nas gavetas, a casa de muita gente vai cair e aquelas que já desabaram vão ficar abaixo do nível da rua.
Dominguez é ligado a dois ex-presidentes da Conmebol, Nicolas Leóz e Juan Angel Napout, encrencados até o pescoço no rio de lama descoberto a partir das investigações do FBI.
Por isso, é bom desconfiar quando ele fala em transparência e em auditoria. Mesmo porque, pelo andar da carruagem, vai ser difícil “manter internamente” as falcatruas que eventualmente a devassa encontrar.
Como nossos cartolas têm demonstrado fidelidade canina ao ensinamento do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa, que preconizava que para não mudar nada é preciso mudar tudo -, os novos nomes no comando da Conmebol e sua disposição de mudança pode não passar de jogo de cena.
É marcar em cima. E cobrar.