Bastou para parte da torcida se revoltar, pedir a saída de Muricy. E teve gente de dentro do clube que fez coro.
Três dias depois, o São Paulo fez 4 a 0 no Osasco Audax, time fraco, um timeco para ser exato, e ainda por cima metido a besta.
Propõe-se a sair tocando a bola desde o campo de defesa, sem dar chutão, qualquer que seja a circunstância. Mesmo quando os zagueiros estão acossados por adversários mais técnicos e inteligentes.
O time são-paulino teve dificuldade para criar jogadas - ressalte-se que Ganso não jogou -, em alguns momentos pecou pela lentidão, mas venceu com mérito, pois seus jogadores têm muito mais talento do que os do time de Osasco.
Ainda assim, a rigor, não jogou bem. Mas bastaram os 4 a 0 para muita gente esquecer o tropeço, ou melhor o tombo, levado em Itaquera e passar a achar que o time está pronto para brilhar na Libertadores.
Não, não está. Muricy ainda não encontrou a formação ideal nem o padrão de jogo que deseja. Parece claro, até porque ele não é bobo, que Pato será mantido no ataque e Michel Bastos no meio de campo - mesmo com o problema crônico da lateral -esquerda, onde nem Reinaldo nem Carlinhos, quando estiver recuperado de contusão, inspiram confiança.
A defesa, aliás, é uma drama. Tolói é cheio de altos de baixos, Dória sujeito a chuvas e trovoadas (não entendo até hoje como tem tanto cartaz!), Edson Silva é limitado... Na lateral direita, Bruno até tem ido bem atrás, mas no apoio é um desastre.
Ainda assim, o São Paulo é favorito e deve passar fácil pelo Danubio, time medíocre como se pode ver na derrota de virada em casa para o San Lorenzo.
Mas o São Paulo precisará jogar muito, mas muito mais futebol do que vem jogando, se quiser passar de fase na Libertadores.