Admito também que não sei exatamente como os outros países da América do Sul tratam o racismo. Mas em alguns deles, como Equador, Colômbia e no próprio Uruguai, chamar um negro de mono (macaco em espanhol) no mínimo coloca em risco os dentes de quem proferiu tal ofensa.Foram brancos e negros desses países que me deram tal informação.
Mas o que me deixou estarrecido mesmo foi "Dom'' Francesco Britez, paraguaio, cartolão da Conmebol, ter dito a um funcionário do Corinthians, o responsável pelo segurança do clube, que, para a entidade, pode-se ofender alguém usando a palavra macaco que tudo bem.
Detalhe: Britez é secretário-geral da Conmebol, ou seja, é o Jérôme Valcke da América do Sul.
Deve ser por isso que jogadores que equipes sul-americanas continuam ofendendo outros. Não vai dar em nada mesmo. Vale lembrarque não muito tempo atrás o Real Garcilaso peruano foi punido apenas com uma multa de cerca de R$ 30 mil depois que seus torcedores ofenderam o então cruzeirense Tinga.
Como a indignação é grande desta vez, como aliás foi em outras vezes, talvez a Conmebol venha a tomar algum medida contra González. Desde que o juiz tenha citado o episódio na súmula. Mas isso só será visto na próxima semana, pois a casa paraguaia está fechada para os feriados de Páscoa.
Se isso acontecer, sou capaz de apostar que o zagueirão do Danubio não passará constrangimento maior do que uma advertência, talvez uma multinha ou, na pior das hipóteses, alguns joguinhos de suspensão.
Lamentável!