A tentativa da Conmebol de limpar a barra com filiados e a opinião pública depois da enxurrada de escândalos de corrupção que levou vários ex-dirigentes ligados à entidade à prisão vai render um punhado de dólares para as seleções que disputarão a Copa América aqui no Brasil, em junho e julho próximos. A premiação destinada aos participantes melhorou bastante se comparada com a edição anterior, realizada em 2016 nos Estados Unidos. Este ano, serão distribuídos US$ 70 milhões (R$ 270, 2 milhões) no total, ante US$ 21 milhões (R$ 81 milhões) de três anos atrás.
A seleção campeã vai levar para os cofres da sua confederação US$ 11,6 milhões, ou seja R$ 44,4 milhões.
Serão US$ 7,5 milhões pelo título (US$ 1 milhão a mais do que o pago nos Estados Unidos), além de outros US$ 4,1 distribuídos pela presença na competição, por conta de itens como a participação em si, verba para viabilizar os treinamentos e a logística.
No Brasil, a seleção vice-campeã fará jus a prêmio de US$ 5 milhões. Nos EUA foram US$ 3,5 milhões. O terceiro colocado vai amealhar US$ 4 milhões (ante US$ 2,5 milhões) e o quarto, US$ 3 milhões (US$ 2 milhões). Chegar de quinto a oitavo significará US$ 2 milhões para cada seleção.
Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, faz do aumento da premiação dos torneios que organiza - fez o mesmo com a Libertadores e a Sul-Americana - uma bandeira. Procura passar a imagem que a entidade, hoje, é a casa de federações e clubes, e que se move em função deles.
De fato, a premiação vem crescendo, o que é algo salutar. Mas ainda está bem distante do pago pela Uefa nas competições europeias.
Claro, são dois mundos bem diferentes, mas nunca é demais registrar. Na Eurocopa de 2016, foram distribuídos US$ 335 milhões pela Uefa - quase cinco vezes mais do valor que a Conmebol dividirá agora. Portugal, como campeão, levou US$ 30 milhões.