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Futebol dentro e fora do campo

Opinião|Corinthians não tem juízo, mas dá sorte na Libertadores; Palmeiras pega outra 'baba'

Por motivos diferentes, Alvinegro e Alviverde não podem reclamar do sorteio das oitavas de final; Flamengo e Atlético-MG também se deram bem

Foto do author Almir Leite
Atualização:

Até o fim de junho, muita água vai rolar no futebol brasileiro. Mas fazendo uma leitura com base no cenário atual, com exceção do Fortaleza, os times brasileiros se deram bem no sorteio das oitavas de final da Libertadores, o que significa amplas chances de ir mais longe. Alguns até bem longe...

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O Corinthians, que conseguiu penar na primeira fase - se enrolou em casa contra o Always Ready, só ganhou em Itaquera no Deportivo Cali graças a um prosaico gol contra, jogou bulhufas na Colômbia -, não pode reclamar da sorte. O sorteio o colocou para repetir o confronto com o Boca, que apesar do nome e tradição atualmente bem meia boca. E foi o único adversário contra quem o Alvinegro conseguiu produzir bem até agora.

Lance de Corinthians x Açlways Ready na Neo Química Arena; time de Willian teve sorte, mas precisa abrir o olho Foto: Estadão

O Palmeiras continua com sorte de bicampeão. Só enfrentou timeco na fase de grupos e vai ter pela frente outro deles, o limitadíssimo Cerro Porteño. E ainda terá a vantagem de fazer uma viagem curta até Assunção.  Tem tudo para aplicar mais duas goleadas.

O Atlético Mineiro também não deverá ter muitas dificuldades contra o Emelec. Basta jogar com seriedade. A instabilidade que tem demonstrado é seu maior problemas. Até isso, porém, pode ser superado com tranquilidade.

O mesmo vale para o Flamengo, que na primeira fase não fez nenhum jogo empolgante, mas demonstrou eficiência. O Tolima é até melhorzinho tecnicamente e mais bem montado que Universidad Católica chilena e Sporting Cristal peruano. Mas apesar de ter surpreendido o Galo em pleno Mineirão, é só o Rubro-Negro impor um pouco do futebol que é capaz de jogar que passa.

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O outro Rubro-Negro, o Athletico Paranaense, já não pode se dar a esse luxo. Cresceu sob o comando de Felipão, mas fará uma disputa bem equilibrada contra o bom time do Libertad, como foi  a fase de grupos, decidida no saldo de gols. De qualquer maneira, terá chance de abrir boa vantagem em casa na primeira partida. Se deixar para decidir no Paraguai, deve dançar.

O Fortaleza se deu mal. Vai ter de encarar o Estudiantes, melhor time argentino no momento, que joga um futebol bastante competitivo. Tem jogadores experientes, que sabem controlar bem a partida. O time cearense vai ter de se superar se quiser seguir em frente.

Na Copa Sul-Americana, o Santos só conseguiu se classificar na bacia das almas, e graças a uma ajuda da Católica equatoriana. Ou seja, não passou da primeira fase exclusivamente pelos próprios méritos. Mas foi o clube que deu mais sorte na definição das oitavas de final.

Além de enfrentar o mais fraco dos oito times que vieram da Libertadores, o venezuelano Deportivo Táchira, ainda terá a vantagem de fazer a segunda partida na Vila Belmiro, onde tem se mostrado eficiente no quesito resultados - exceção feita, claro, ao péssimo jogo com o Banfield. No entanto, se jogar um tostãozinho de bola, poderá até voltar a Venezuela com a classificação apenas por confirmar no jogo de volta.

O São Paulo também não pode reclamar, pois a Universidad Católica do Chile não assusta ninguém.  Talvez Rogéri0 Ceni precise rever parcialmente a decisão de poupar seus principais jogadores na Sul-Americana. Mas dá para ir em frente sem grandes traumas.

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O Internacional vem se acertando com Mano Menezes, ainda apresenta altos e baixos, mas até o duelo com o Col9 Colo já deverá ter atingido um padrão que lhe permita se classificar às quartas com facilidade.

Mas Atlético Goianiense e Ceará terão mais trabalho. A equipe goiana vai enfrentar um adversário encardido, o Olimpia. Não vai ser fácil passar. Os cearenses, donos da melhor campanha na primeira fase, terão de superar a altitude de La Paz. Este talvez seja um empecilho mais forte do que o The Strongest. Deve ser complicado.

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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