Almir Leite
14 de fevereiro de 2019 | 17h26
Sei não, mas algo me diz que o comando do futebol do São Paulo, encarnado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e por Raí, continua perdido. Os dois parecem baratas tontas. Erraram ao contratar André Jardine. E erram agora ao substitui-lo por um técnico que não poderá ser técnico pelo menos até o meio do ano. Que lógica tem em contratar alguém que não pode trabalhar?
Cuca, por recomendação médica, só poderá assumir de fato o São Paulo daqui a quatro meses (talvez antecipe). Ele passou por cirurgia no coração e precisa se preservar. Então, por que contratá-lo em fevereiro? Reserva de mercado (uma maneira de evitar que o treinador, preferido por esmagadora parte da torcida, dirigentes e conselheiros do Tricolor, vá para outro clube)?
Na minha modesta opinião, não tem cabimento.
Não me convence essa história de deixar alguém de maneira interina até Cuca poder assumir. O São Paulo não é um time de várzea. Aliás, nem na várzea acontece isso.
Também não me convence o argumento de que nesse tempo ele vai colaborar com sugestões, opiniões e até determinações praticamente diárias.
Pior ainda é que esse interino é alguém com anos de estrada como treinador – embora sem muito sucesso. Além disso, em janeiro Vagner Mancini, contratado como coordenador, disse a plenos pulmões que não substituiria André Jardine, caso este caísse. Que não passava por sua cabeça ser treinador.
Claro, as circunstâncias exigem colaboração. Mas, como coordenador, não caberia a Mancini ter alertado os perdidões Raí e Leco do equívoco (mais um) que estavam cometendo?
Outra curiosidade minha: E se o time engrenar com Vagner Mancini? E se for campeão paulista, colocando fim a longo jejum?
É apenas um palpite, mas, se isso ocorrer, algo me diz que o médico aumentará o período necessário para Cuca se recuperar…