Claro, ele não desaprendeu. E experiência tem de sobra. Além do mais, ganha nova motivação ao ter a possibilidade de conquistar outro título mundial.
Resta saber se, não tendo desaprendido, acompanhou as mudanças ocorridas no futebol nestes dez anos.
O rebaixamento do Palmeiras deve ter peso relativo na análise. Assim como o título da Copa do Brasil. O que vai interessar é quanto Felipão ainda tem paciência para suportar cobranças, para tolerar inconstâncias dos jogadores mais jovens, para ser paizão quando necessário e um carrasco quando preciso.
Felipão esconde muito bem, mas sabe ser paciente quando quer. Pelo menos sabia.
Uma coisa boa, que Mano Menezes não teve, Felipão terá à disposição: um coordenador técnico. Pode ser Carlos Alberto Parreira, igualmente experiente, mas faz algum tempo fora da linha de frente do futebol. Pode ser José Carlos Brunoro, que fez bons trabalhos no Palmeiras/Parmalat e está fazendo no Audax.
A parceria pode dar certo, claro, mas convém não encarar Felipão e seu futuro coordenador como salvadores da pátria. Pelo menos até que mostrem a que vieram. Do contrário, o tombo pode ser grande.