Dei a opinião baseado na vontade do jogador, revelada no dia anterior,numa declaração de Vicente del Bosque - disse que se o convocasse para os jogos que a Espanha iria realizar na época, pelas Eliminatórias, teria de reservar um lugar na Copa para ele - e na minha própria convicção.
Entendia, e ainda entendo, que um jogador nascido em um país, mas que fez sua carreira desde o início em outro, tem direito de optar por defender a seleção do lugar que lhe permitiu ser alguém no futebol -e por consequência na vida.
E deixei em segundo plano o fato de Diego Costa ter atuado duas vezes em amistosos pela seleção brasileira. Não foi tempo suficiente para que ele ao menos começasse a fazer história com a amarelinha.
Mas eis que Felipão, que não o convocou mais depois daqueles jogos de março - poderia, por exemplo, tê-lo levado à Copa das Confederações depois que Leandro Damião se machucou -, passou a considerá-lo fundamental depois que Del Bosque acenou com um lugar para ele na Espanha.
Felipão pode dizer o que quiser, mas a mim nunca pareceu que ele realmente quisesse contar com Diego Costa na Copa do Mundo.
Para mim, pareceu mais que ele não queria ver um adversário reforçado do que reforçar a sua seleção (e ao convocar agora o zagueiro Marquinhos, que foi cortejado por Portugal, só aumentou em mim essa impressão).
Ele bem que tentou pressionar Diego Costa, mandando via CBF marca à Fifa comunicando a intenção de convocar o jogador para os amistosos de novembro - e depois convocando-0 de maneira efetiva.
Mas Diego Costa não se curvou. Fez valer a sua vontade.
Vai jogar pela seleção que o quer de verdade.
Parabéns para ele.
E não adianta Felipão vir com um papo nacionalista.
Além de isso não colar mais no futebol atual (infelizmente, pelo menos na maioria dos casos), quando se trata de futebol o sangue que corre nas veias de Diego Costa é espanhol.