Mas esse ano a entidade presidida por Eurico Miranda (ops!, Rubens Lopes) está se superando.
Como se não bastasse essa briga ridícula com Flamengo e principalmente Fluminense por conta do preço dos ingressos em jogos do Maracanã (a livre iniciativa, uma das molas mestras do capitalismo, indica que o preço de um produto ou serviço deve ser determinado por quem produz o bem ou presta esse serviço, e que é o mercado quem atua como juiz, determinando se o valor é justo ou não), de ter ameaçado o Fluminense com punição cobrando uma dívida (pra lá de discutível) que o clube teria com a entidade, a federação, na sua mais recente bola fora, quis fazer valer os efeitos da lei da mordaça contra Vanderlei Luxemburgo.
Com a ajuda de um procurador de seu tribunal, suspendeu o técnico do Flamengo por dizer o que pensa - aliás, muita gente pensa como ele em relação ao absurdo que é limitar a inscrição de jogadores no campeonato, absurdo que se torna maior com a limitação em cinco do número de jogadores jovens que podem ser inscritos.
Mesmo que Luxemburgo, que ao longo da carreira falou muita besteira, estivesse errado nesse caso, não caberia punição - até porque usou o termo porrada de maneira figurada, no sentido de crítica, algo que até uma criança compreendeu e que o tal procurador do tribunal parece não ter compreendido - será falta de cultura?
( Não sou advogado, mas o tal artigo 35 da lei da mordaça, aliás, cheira a inconstitucionalidade).
Ainda bem que uma liminar meio que colocou os pingos nos is. Mas não servirá para reduzir os efeitos que mais esse soco no queixo do campeonato trará. A rigor, e apesar dos 56 mil presentes no Flamengo x Vasco, o torcedor não está nem aí para a versão 2015 do "Caixão'' - será homenagem póstuma?
Foi mais um desserviço da Fferj ao futebol carioca, que já não anda lá grande coisa faz muito tempo. E não serviu nem para tornar o tal procurador conhecido. A partir do episódio, ficamos sabendo que ele existe. Mas quemlembra o nome dele? E que importância isso tem?