Neymar renovou seu contrato com o Paris Saint-Germain até junho de 2025, para tristeza dos especuladores de plantão, que terão menos munição na próxima janela de transferências, e/ou daqueles que queriam sua volta ao Barcelona.
Fez aquilo que, a rigor, era a única opção de que dispunha no momento.
Em um futebol enfraquecido financeiramente pela pandemia, poucos têm dinheiro para pagar por um jogador caro como Neymar (que custou 220 milhões de euros ao PSG, nunca é demais lembrar).
O Barcelona, por exemplo, passa por crise financeira. Não tem no momento como cacifar tal negociação sem se enrolar ainda mais.
E quem tem dinheiro não quer Neymar.
O Manchester City, por exemplo, sonha com Messi.
Mas as contingências do momento atual não são ruins para Neymar, não representam desprestígio.
Ao contrário, a renovação serve para fortalecê-lo, pois confirma a disposição do PSG de ter nele o jogador que vai levar ao clube a outro patamar no futebol europeu e mundial.
Mesmo depois de quatro tentativas frustradas.
Há quem argumente que Neymar poderia esperar o fim do contrato que iria até a metade de 2022 para debandar sem que o PSG tivesse direito a ser indenizado por quem o levasse.
Era uma possibilidade, e ele não iria fazer nada de ilegal. Exerceria um direito.
A renovação antecipada, porém, é mostra de maturidade, ingrediente que vira e mexe falta a Neymar.
Desta vez, no entanto, ele soube (junto com seu staff, claro) analisar bem a situação. Dentro e fora de campo.
Não brigou, não esperneou nem chutou para longe a ética e o profissionalismo para forçar a saída, como fizera tempos atrás.
Até porque aprendeu que com o sheik que manda no PSG esse tipo de atitude não dá resultado.
Neymar ficará no lugar que é melhor para ele.
E se o PSG lhe der alguns outros companheiros, aumentando o poder de fogo da equipe, ficará mais fácil para ele levar o time ao tão sonhado título europeu.