Almir Leite
27 de junho de 2018 | 10h54
A seleção brasileira tem daqui a pouco um duro teste. Pelas circunstâncias. Desde que o trabalho de Tite começou com a vitória estupenda sobre o Equador por 3 a 0, há dois anos, é a primeira vez que a equipe encara uma decisão de fato. Até agora, tudo foi festa, mesmo porque os resultados obtidos, principalmente nas eliminatórias, justificaram o clima de comemoração.
O problema é que, chegada a Copa do Mundo, as dificuldades apareceram. O time não teve o equilíbrio psicológico necessário para superar as adversidades encontradas contra a Suíça. Contra a Costa Rica, não faltou persistência, mas em alguns momentos a ansiedade quase põe tudo a perder.
E o time melhorou, é justo notar.
Mas se o destempero, sobretudo daquele que é considerado a grande estreça do elenco, faz jus ao pé atrás. Mesmo porque a Sérvia, qualidades técnica e tática à parte – e eles têm alguma – é uma seleção experiente, fria e pode tentar explorar psicologicamente um possível nervosismo brasileiro.
Vale lembrar que na seleção quase todo mundo é marinheiro de primeira viagem, a começar pelo técnico Tite.
Portanto, vai ser um ótimo teste. A boa notícia é que o Brasil tem bola para vencer e ir em frente. E passando bem pelo último obstáculo dessa primeira fase, vai ganhar moral para ir longe. E vai dar para voltar a apostar na seleção.