O destino de Daniel Alves, de certa forma, está nas mãos de Rodrigo Lasmar, médico da seleção brasileira. Sua presença ou não na lista de convocados para a Copa do Mundo da Rússia dependerá em grande parte do encontro que ambos terão nesta quinta-feira (10 de maio) em Paris. Tite anuncia os 23 para o Mundial na segunda-feira, ou seja, quatro dias depois.
A princípio, o treinador está disposto a esperar o máximo possível por seu lateral-direito titular. Pelo que representa dentro de campo e também fora dele, pois é um dos principais líderes do grupo e tem uma mentalidade vencedora considerada superimportante num momento como a Copa do Mundo. Mesmo que Dani tenha de perder um ou dois jogos na Rússia, estará entre os 23.
O que preocupa Tite e sua comissão técnica é o tom alarmista adotado pelo Paris Saint-Germain em relação à contusão. Em resumo, os médicos do clube francês dizem que será preciso três semanas para avaliar se será preciso submeter Daniel Alves a cirurgia - ou seja, se a decisão, após esse prazo, for pelo bisturi, adeus Copa.
Mas a assessoria do jogador, e ele próprio de acordo com o que o blog foi informado, entendem que os exames não detectaram quadro tão grave assim.
Esse desencontro está levando Rodrigo Lasmar a Paris. Ele quer conversar com os médicos, avaliar os exames e sobretudo falar com Daniel Alves.
A relação dos médicos da CBF com os do PSG são, no geral, boas. Mas vale lembrar que, quando da contusão de Neymar, houve desencontro sobre detalhes sobre necessidade de cirurgia, país onde seria realizada e local da recuperação. O PSG só aceitou que Neymar viesse ao Brasil operar e se tratar depois que Lasmar e o próprio jogador bateram o pé.