Almir Leite
29 de abril de 2021 | 12h23
Quando o assunto é Paris Saint-Germain, é natural que se fale de Neymar. Além de ter sido contratado por uma fortuna para mudar o time de patamar, jogando futebol ele é um dos melhores do mundo.
Ou então sobre Mbappé, outro grande jogador, que tem potencial incrível e ainda muito a evoluir. Sem contar que, especificamente nesta Liga dos Campeões, o PSG está na semifinal em boa parte graças a ele.
Mas, se deixarmos de lado a preguiçosa mania de só falar de jogador badalado e passarmos a analisar o futebol como um todo, não vai ser difícil perceber que o grande jogador do PSG nesta Liga, e na temporada, é um zagueiro.
Sim, Marquinhos tem sido o responsável pelos principais resultados positivos do time, seja porque está sempre fazendo gols em partidas decisivas seja porque é um paredão quase intransponível na sua função principal, a de defender.
Marquinhos tem uma qualidade das mais desejadas em um jogador de futebol: raramente erra. Isso se repete temporada após temporada.
E nunca joga mal. Quando não está em seus melhores dias, tem desempenho regular. Daí para cima. Ou é bom, ou ótimo. Em algumas ocasiões, chega a ser perfeito.
Claro que ele não aparece tanto quanto os astros. Até por sua posição. Mas é versátil, joga pelos dos lados da defesa, tem boa cobertura, mantém o nível quando é escalado como volante.
É fundamental para o PSG ao defender, por ajudar a articular o jogo quando preciso e pelo poder e eficiência na conclusão.
Outra virtude: não sente o jogo, por mais difícil que seja, por mais que as condições sejam adversas.
Não, apesar dos elogios, Marquinhos não é um Beckenbauer, um Figueroa.
É, porém, um grande jogador, o melhor do PSG nesta temporada.
É um craque. Só relutamos em alçá-lo a essa condição porque – e sabe-se lá por que – temos a mania de achar que para ser craque o jogador tem de atuar do do meio para frente.