Não que ele tivesse culpa, mas seria cobrado por conta dos 95 milhões de euros que saíram dos cofres do Barcelona para que ele entrasse no clube.
O tempo passou, Neymar voltou a jogar após contusão, fez algumas partidas pálidas e as críticas vieram.
Ainda que sem citar o "caso Rosell'', boa parte da imprensa espanhola passou a questionar seu o investimento foi válido.
Alguns torcedores também começaram a torcer o nariz.
E figuras influentes no Barcelona, como o holandês Johan Cruyff, passaram a criticar a contratação, por Neymar ainda ser jovem e verde, e por chegar ao clube ganhando salários bem maiores do que muitos jogadores que lá já estão faz tempo e que têm no currículo a conquista de vários títulos pelos catalães.
Na Espanha ninguém questionou o fato de Neymar estar sendo escalado num espaço que não é lhe familiar, o lado direito, e sem liberdade de movimentação - e também de estar tendo suas arrancadas inibidas em um time que se caracteriza pelo toque de bola.
Naquela coluna de dois meses atrás também escrevi que Neymar costumava reagir bem às cobranças, respondendo com um grande futebol.
É o que começa a acontecer. Nesta quarta-feira, contra o Celta, ele teve grande atuação na vitória por 3 a 0. Fez ótimas jogadas, mostrou-se solto (inclusive no sentido de ter liberdade para se movimentar por todo o ataque), jogou com personalidade e fez dois gols.
Claro que foi um jogo só e que o Celta não é nenhum Real Madrid.
Mas Neymar começa a derrotar a pressão com a melhor arma que tem: o ótimo futebol.
PS: ele só precisa voltar a resistir à tentação de fazer dos gramados sua piscina a toda hora.