O raciocínio dos promotores - que a força policial não deve servir a um evento privado e que, por consequência, visa o lucro, em detrimento da população - é forte e, garantem especialistas em direito, legal.
O problema, a meu ver, é de ordem prática.
Com a presença da PM a coisa já não é fácil e as brigas continuam a ocorrer dentro das arenas.
Imagina com seguranças particulares...
Tivemos recentemente exemplo claro disso, naquele Atlético-PRe Vasco disputado em Joinville.
Infelizmente, a realidade é que ainda não se está preparado para conviver sem a PM nos estádios.
E não adianta dizer que os seguranças particulares estão preparados para dar conta do recado caso ocorra uma briga feroz, porque eles não estão.
Talvez o mais prudente seja uma substituição gradativa.
Para que os seguranças privados se aclimatem c0m o ambiente e aprendam a lidar e a agir nele.
E isso vale também para os vândalos que frequentam tais espaços.
Enquanto isso, não por questão de justiça ou legalidade, mas acima de tudo por bom senso, é melhor a PM continuar na ativa.
O que poderia se fazer é aumentar, e muito, o preço que se paga pela segurança da PM, bastante defasado se compararmos com o cobrado pelas empresas privadas de segurança.
Vai sair mais caro para os clubes.
E quem sabe isso leve os cartolas a fechar de vez a torneira para as organizadas, que são as que mais aprontam nos estádios.