O Bayern de Munique entrou na série com o PSG como favorito. Ao final dela, o time francês sai classificado à semifinal da Liga dos Campeões com merecimento.
Ao final das duas partidas, teve melhor estratégia, ou pelo menos a estratégia mais bem-sucedida, pois conseguiu se fechar, fazer transições ofensivas rápidas e contra-atacar com eficiência.
Os alemães sentiram falta de Lewandowski, Gnabry, Goretska.
Mas não contar com todos os jogadores durante toda a temporada faz parte do futebol.
Os franceses também sentiram a falta de Marquinhos no segundo jodo - ou não, porque o improvisado Danilo jogou muito.
Neste segundo jogo, apesar da derrota por 1 a 0, um detalhe chamou a atenção.
Nenhum jogador do Paris Saint-Germain jogou mal. Podem não ter tido atuação destacada como a de Neymar e Di Mária.
Mas todos foram importantes, individual e coletivamente.
E Neymar foi o Neymar que todos esperam que seja dentro de campo.
Foi brilhante tecnicamente? Não. Desequilibrou? Também não.
Mas foi eficiente. Cumpriu com maestria a função de comandar a transição ofensiva do time.
Criou jogadas em eficiência. Ajudou a "desafogar'' o time em várias ocasiões.
Ocasiões essas que, graças à sua habilidade e visão de jogo, no segundo seguinte ao sufoco passado o PSG já estava lá na frente, deixando os alemães de cabelo em pé.
Pena que a trave, em três ocasiões, e Neuer, em outras duas, não lhe deixaram fazer ao menos um golzinho.
Esse Neymar, que se preocupa acima de tudo em fazer o que sabe como poucos, vai longe - e pode levar o PSG longe também.
O outro, o menino mimado que não aceita ser contrariado, nunca completará o caminho.
Resta saber qual dos dois irá prevalecer.
50% de erro
Em post anterior, opinei de maneira curta e grossa que uma das semifinais da Liga dos Campeões seria a decisão antecipada (https://esportes.estadao.com.br/blogs/almir-leite/na-liga-dos-campeoes-uma-das-semifinais-sera-a-verdadeira-decisao).
Palpitava que o Bayern eliminaria o PSG e pegaria o Manchester City, que iria despachar o Borussia Dortmund.
50% do palpite já foram por água abaixo.
E os outros 50 estão na ponta da cachoeira porque, depois da magra vitória por 2 a 1 na Inglaterra, o City vai ter de jogar muito na Alemanha para eliminar o time de Haaland.
Aguardemos.