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Futebol dentro e fora do campo

Opinião|Tite escala a privacidade como 12º jogador

Treinador opta por fechar os treinos, para evitar especulações sobre o time e descoberta de opções táticas

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Foto do author Almir Leite
Atualização:

Foi assim quase todo o tempo na Granja Comary. Está sendo assim em Londres. A seleção brasileira está quase hermeticamente fechada. A maior parte dos treinos são realizados sem a presença de intrusos - leia-se jornalistas. Estes têm aceso a 20, 30 minutos, período em que os jogadores se aquecem, fazem o tradicional bobinho.  Na hora que interessa, todos são gentilmente convidados a sair.

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Nem Dunga fechou tanto a seleção.  Tite também nunca foi muito adepto da tranca. No entanto, com a aproximação da competição mais importante de sua carreira, optou pela privacidade. A escolha do CT do Tottenham, um espaço de altíssimo nível no fim do mundo (considerando-se que uma região bucólica nas cercanias de Londres, a mais de 1h30 do Big Ben, possa ser assim denominada),  faz parte dessa estratégia. Aqui, só entra quem está autorizado expressamente, e nas horas e locais pré-determinados.  O restante, incluída a torcida, para na portaria.

É uma maneira de trabalhar, que deve ser respeitada. Até porque a seleção, em véspera e até durante Copa, já viveu clima de bagunça, como em Weggis/2o06 e Teresópolis/2014.

Dificulta, porém, para saber detalhes sobre o time. Quem joga, como joga, opções táticas... A sorte é que Tite não é adepto de grandes mudanças. Do contrário, a seleção poderia surpreender a todos. Até aos brasileiros.

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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