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Futebol dentro e fora do campo

Opinião|Título do Palmeiras é fruto da persistência, do aprendizado e do merecimento

Na quinta participação seguida na Libertadores, clube e time tiveram méritos para transformar a obsessão em realidade

Foto do author Almir Leite
Atualização:

O equilíbrio desta Libertadores ficou ainda mais latente da maneira como ela foi decidida. No último lance, a rigor. E premiou o melhor time, o Palmeiras, o mais bem estruturado, o que se preparou com afinco para tirar da frente aquela que se tornou sua obsessão. Não que o Santos tenha sido inferior. Ao contrário, superou o descrédito geral com galhardia, união. E, claro, bom futebol. Caiu de pé, como se diz. Teve muitos méritos.  Mas, ao longo de toda a competição, o Palmeiras foi o dono da melhor campanha.

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Libertadores é assim. Não se ganha de uma hora para outra, às vezes, ganha-se ao longo de várias disputas. Foi o que aconteceu com o Palmeiras. A que se encerrou neste sábado, foi a quinta seguida do clube, considerando-se o ciclo que teve início em 2016.  Desde então, o time passou por bons e maus momentos, teve ano em que fez investimentos que não deram resultados, em outro faltou experiência e maturidade para superar adversários mais matreiros, noutra ocasião faltou aos jogadores equilíbrio psicológo em momento decisivo...

Palmeiras está firme na briga pelo segundo título seguido e deverá ter cadeira cativa na Libertadores Foto: Estadão

Tudo isso serviu de aprendizado. O Palmeiras foi percebendo como se joga uma Libertadores, com suas dificuldades dentro de campo e nos bastidores. Compreendeu, por exemplo, a logística necessária para que viagens fossem menos agressivas aos jogadores. Aprendeu a focar, não somente a querer.

Seus dirigentes perceberam, e aí inclui-se a patrocinadora/investidora, que não adianta gastar dinheiro a rodo em contratações se o jogador que vem não está comprometido. Ou simplesmente se não "é tudo isso''.  Que mais vale aproveitar pratas da casa talentosos, que conhecem o clube, mesclando-os com atletas mais experientes, alguns contratados no varejo para dar força e equilíbrio ao elenco.

Poderia o Palmeiras ter perdido a decisão, ainda mais em jogo único? Poderia. Mas, tivesse isso acontecido, o Alviverde estaria na próxima disputa, a deste ano de 2021, ainda mais forte depois de superada frustração.

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Já o Santos foi gigante. Foi vice, mas não seria injusto se tivesse saído campeão do Maracanã.  Pena que talvez o Santos não tenha sequência semelhante à do Palmeiras na Libertadores. Não por culpa dos jogadores e da comissão técnica. Nem dessa diretoria recém-chegada. É que o clube está tão bagunçado, tão endividado, que dependerá de outro milagre para repetir a campanha no curto prazo. E milagre, quando acontece, não acontece toda hora.

Opinião por Almir Leite

Editor assistente de Esportes, cobriu 4 Copas do Mundo e a seleção brasileira por 10 anos

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