A declaração é de Mazzola, o Altafini, campeão mundial em 1958 e integrante de uma seleção que colocou o futebol brasileiro no topo do mundo.
Ele está na Suécia, com vários de seus companheiros daquela época, para a partida comemorativa desta quarta-feira, que marcará a despedida do Estádio Rassunda (será demolido).
O alvo de Mazzola: Neymar, o principal jogador brasileiro dos dias atuais.
Neymar foi preparado desde criança para ser um craque. Aprendeu direitinho, tanto quebola ele tem.
Neymar também foi "planejado'' para ser um fenômeno de mídia, de marketing. A quantidade de campanhas publicitárias em que ele aparece mostra que o plano deu certo.
Mas Neymar não pode esquecer do que tem de fazer dentro de campo. Jogar com base em seu talento, claro. Mas também com vontade, responsabilidade, determinação. Raça.
Ingedientes que eram necessários nos tempos de Mazzola e Pelé e que continuam sendo nos tempos atuais, apesar de o futebol não ser mais o mesmo.
A indolência de Neymar irrita. Até Mano Menezes já disse recentemente que ele precisa se "reinventar'' para fugir da marcação dura, da violência. É pouco ficar apenas numa faixa de campo e, quando voltar para pegar a bola, querer resolver tudo sozinho.
É pouco jogar muito em partidas de importância menor. É pouco ter lampejos, como os que teve até agora com a camisa da seleção.
Neymar tem tudo para ser o grande jogador do Brasil em 2014 - e antes e depois disso. Mas, para isso, precisa ir além das declarações. Precisa, de fato, querer.
Faria bem a ele ler, ou ouvir, as experientes palavras de Mazzola.
Mas não só a ele, como o comportamento ao longo da campanha olímpica mostrou.