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Na pista e no campo

Haile Gebrselassie aconselha Mo Farah a não migrar para as maratonas

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

Haile Gebrselassie tem um currículo que dispensa grandes comentários. Ele foi recordista mundial dos 10 mil metros e da maratona, tetracampeão mundial e bicampeão olímpico da prova mais curta. Aos 40 anos, está aposentado do atletismo, o que não o impedirá de correr neste domingo na Inglaterra. Haile é uma das estrelas do Great North Run, meia-maratona que larga em Newcastle às 5h30 (de Brasília).

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Junto dele, alinhará o grande fundista do momento, Mo Farah. O britânico é o atual campeão olímpico e mundial dos 5 mil e dos 10 mil metros. Depois do sucesso na Olimpíada de Londres, em 2012, e no Mundial de Moscou, este ano, Farah já tem uma meta estabelecida. No ano que vem, disputará sua primeira maratona, em Londres, e pretende correr os 42.195 metros na Olimpíada do Rio, em 2016.

Mas, do alto de sua experiência, Gebrselassie diz que o carismático Farah não deve deixar as pistas. Ao menos, por enquanto.

"Gostaria de dar um conselho a ele, para que fique um pouco mais na pista. Pouquíssimos atletas foram bem-sucedidos na transição da pista para a rua. Acho que é muito cedo para ele fazer isso", disse o etíope em entrevista ao canal ITV News, de Londres.

Para Gebrselassie, Mo Farah tem condições de brigar pelos recordes mundiais dos 5 mil e dos 10 mil metros, em posse do etíope Kenenisa Bekele desde 2004 e 2005, respectivamente. "Se eu fosse capaz de correr 3min28 nos 1.500 metros (o recorde pessoal de Farah é 3min28s81, deste ano), por que eu iria migrar para a maratona? Ficaria com os 5 mil e os 10 mil, porque há uma chance real de alcançar recordes mundiais."

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O conselho do etíope vem, segundo ele, de uma experiência pessoal. "Em 2002, corri minha primeira maratona (em Londres, foi terceiro), mas não foi uma boa experiência. Voltei para a pista". Ele começou a se dedicar efetivamente às maratonas em 2004, após a Olimpíada de Atenas.

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