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Na pista e no campo

Melhor brasileira em Londres-12 deixa o atletismo aos 22 anos

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Por Amanda Romanelli
Atualização:
Geisa Arcanjo no Estádio Olímpico de Londres, durante a disputa dos Jogos de 2012 Foto: Estadão

 

Geisa Arcanjo, de 22 anos, deixou o atletismo. A indefinição sobre a continuidade da carreira da atleta, uma das mais promissoras da nova geração, já durava algum tempo. Segundo diversas fontes, a precoce aposentadoria foi uma decisão pessoal. Minhas tentativas de falar com ela, até agora, foram em vão - uma dificuldade que parece se estender a várias outras pessoas ligadas à modalidade.

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O clube Pinheiros, que era defendido por Geisa, confirmou que ela está em processo de desligamento. Seu ex-técnico, Luciano da Silva, baseado em São Roque (sua cidade natal) e mentor da arremessadora, também confirmou a aposentadoria ao colega Demétrio Vecchioli, do blog Olimpílulas. Luciano não conseguiu entrar em contato com Geisa, mas a mãe da atleta informou-o da decisão.

Geisa conquistou o melhor resultado do atletismo brasileiro na Olimpíada de Londres, em 2012, nas provas de pista e campo. Em seu primeiro ano como adulta, a atleta - agora, ex-atleta - ficou em 7º lugar no arremesso do peso, com a marca de 19,02 m, recorde pessoal. Em 2012, a equipe brasileira não conquistou medalhas pela primeira vez desde Barcelona-1992. Geisa e Mauro Vinícius da Silva, o Duda, bicampeão mundial indoor do salto em distância, ficaram em 7º. Na maratona, Marilson Gomes dos Santos foi o 5º - e essas foram as melhores colocações do País nos Jogos.

Geisa também disputou o Mundial de Moscou, no ano passado, mas não conseguiu passar para a final. Ela tinha índice para competir no Mundial Indoor de Sopot, na Polônia, no início do mês, mas pediu dispensa. Em fevereiro, ela já não estava treinando.

A arremessadora começou sua carreira em São Roque e, depois, transferiu-se para o Centro de Excelência de São Paulo, no Ibirapuera, onde foi orientada pela técnica Fátima Germano. Em 2010, Geisa foi campeã mundial juvenil em Moncton (Canadá), mas foi destituída da medalha ao ser pega no doping, por uso de diurético. No mesmo ano, ela se mudou para Uberlândia, no Centro de Alto Rendimento da CBAt, e passou a ser treinada pelo cubano Justo Navarro. É na cidade mineira que, atualmente, vive a ex-atleta.

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