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Na pista e no campo

Renaud Lavillenie derruba o recorde mundial na casa de Bubka

Não poderia ser mais emblemático: o francês Renaud Lavillenie bateu o recorde mundial de Sergey Bubka, em pista coberta, poucos dias antes de a marca de 6,15 m completar 21 anos. E em Donetsk, na cidade em que o incrível salto havia sido alcançado em 23 de fevereiro de 1993. E mais: em uma competição organizada pelo próprio Bubka.

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

"Eu havia tentado bater esse recorde algumas vezes, mas decidi que não havia lugar melhor para conquistá-lo do que aqui", afirmou Lavillenie, após atingir 6,16 m na primeira tentativa, durante a festiva competição Pole Vault Stars, organizada pelo agora ex-recordista mundial em seu país natal. É preciso ressaltar que Bubka ainda mantém o recorde mundial em pista ao ar livre, com a marca de 6,14 m, obtida em 31 de julho de 1994, em Sestriere. Mas, assim que saiu do colchão, extasiado, Lavillenie ganhou o abraço de Bubka, que comemorou o feito do francês, atual campeão olímpico.

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Para chegar a esse feito, Lavillenie já havia batido duas vezes seu próprio recorde na temporada. Em Rouen (França), saltou 6,04 m. Na Polônia, fez 6,08 m. Neste sábado, em Donetsk, começou a saltar com o sarrafo a 5,76 m, e passou na primeira tentativa. Depois, voltou à competição com 5, 91 m - acerto de primeira, novamente. Com a marca em 6,01 m, precisou de três chances para superar o sarrafo. Como não havia mais ninguém no torneio, já fez o poste ficar em 6,16 m. E conquistou seu voo perfeito. Ele ainda pediu a marca a 6,20 m, mas não completou os saltos.

Acompanhar toda essa campanha histórica de Lavillenie só foi possível por meio da internet - e em uma transmissão russa. Apesar de já ter mais de 20 edições e reunir a nata do salto com vara, o Pole Vault Stars não é exatamente um torneio bem divulgado. Conforme escrevi ontem, só consegui o starlist da competição graças à ajuda do técnico brasileiro Elson Miranda.

BRASIL TEM MOTIVOS PARA COMEMORAR

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Diante de um recorde mundial, é difícil olhar para os resultados de outros competidores. Mas é preciso valorizar a evolução de Thiago Braz, que bateu pela segunda vez o recorde sul-americano do salto com vara. O campeão mundial juvenil, que havia conquistado 5,72 m na Suécia, melhorou a marca em 4 cm e ficou na terceira posição em Donetsk, atrás apenas do britânico Luke Cutts, com 5,81 m.

Enfim, Donetsk viu uma competição com um recorde mundial e um recorde de área - nada mal.

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